Tribuna Ribeirão
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Mais de 900 trabalhos são apresentados durante congresso na Unaerp

Corredores completamente tomados por jovens universitá­rios e suas respectivas pesqui­sas. Estudantes que dedicaram dias e horas para confecção de trabalhos de iniciação cientí­fica, muitos deles com ideias e projetos para solução de proble­mas no cotidiano dos cidadãos e das cidades. Foi assim no 19º Conic – Congresso Nacional de Iniciação Científica e Pesquisa, realizado na última quarta-feira (7), na Universidade de Ribeirão Preto – Unaerp.

Segundo os organizadores, o 19º Conic teve evolução em nú­mero e qualidade de trabalhos. Na primeira edição foram 173 trabalhos de iniciação científica. Neste ano, 19 anos depois, mais de mil foram apresentados e 903 selecionados.

“Primeiro foi uma evolução no próprio seio da universida­de em perceber que a constru­ção da ciência acontece a partir dos problemas do dia a dia das pessoas e das cidades. A gente percebe que houve um grande engajamento nessa produção iniciação científica com alto ní­vel dos trabalhos em várias áre­as”, ressaltou a coordenadora do Conic, professora Neide de Sou­za Lehfeld. “Temos um excelen­te material humano em busca de pesquisas. São mais de mil inscritos do Brasil inteiro que apresentam soluções para pro­blemas diários como de susten­tabilidade, tratamento de resídu­os, descarte de medicamentos, água, solo. Esses estudos podem contribuir muito para gestão de novas políticas públicas”, com­pletou Lehfeld.

 

A professora ainda destacou o papel da universidade privada na produção de conhecimento e pesquisas científicas. “Temos uma fase de crise enorme no sistema educacional. Infeliz­mente as universidades públi­cas não têm mais orçamento e apoio em pesquisas, ficou ruim, enquanto nas particula­res, começamos a ver que te­mos que investir. As universida­des privadas tiveram que investir em pesquisas para melhorar a qualidade no ensino”, explicou.

Conic
A professora Neide Lehfeld explicou que o Congresso é re­conhecido dentro da comuni­dade científica e permite tornar público os trabalhos desenvolvi­dos nos laboratórios e bibliote­cas das universidades.

A estudante do curso de Direito da Universidade Esta­dual de Minas Gerais (UEMG), campus de Passos, Lauriane Rezende Madeira, diz que “apre­sentar trabalhos em Congressos é despertar a consciência sobre a importância da pesquisa e da formação de cientistas sociais. Quando a Unaerp promove um evento como esse, ela está im­pulsionando os alunos a saírem das salas de aula e promoverem pesquisa e aumentar o conheci­mento”. O trabalho de Lauriane é sobre ensino jurídico.

Tecnologias ao serviço das comunidades
Com predomínio de pes­quisas sobre saúde, o Conic tem trabalhos em todas as áreas de conhecimento e o tema des­te ano foi Ciência, Inclusão e Sustentabilidade. “Estamos no século da sociedade 4.0 em que a tecnologia invade as nossas vidas e, ao mesmo tempo, cria uma enorme desigualdade a favor do capitalismo”, explicou a professora Neide Lehfeldao ex­por sobre o tema.

Na área de tecnologia, os es­tudantes Igor Nandes e Thiago Alcaras, do curso de Engenha­ria da Computação da Unaerp, estão desenvolvendo um estu­do sobre a automatização de hidrômetros. “Nosso trabalho permite ao cidadão controlar seu consumo de água e também identifica problemas na rede de saneamento. Além disso, pro­move muito a preservação do meio ambiente”, diz Igor. De acor­do com o levantamento feito pelos jovens pesquisadores, apenas 3% da água disponível no planeta é potável e apenas 6% disso, você pode utilizar. “Então podemos evitar o desperdício”, conclui.

Também no setor de tecno­logia, mas com aplicação em saúde, a farmacêutica recém-formada na Unaerp, Carolina Pereira de Almeida, apresenta um guia online de preparação do paciente para exames médi­cos. O desenvolvimento desse aplicativo foi feito junto com o estudante João Paulo Longo, do curso de Engenharia de Com­putação e visa diminuir as falhas na etapa que antecede a análise laboratorial. Esses erros na pre­paração para o exame interfe­rem no resultado e podem levar a erros médicos, danos à saúde dos pacientes e aumento de des­pesas dos laboratórios. “O nosso aplicativo já está pronto e já roda, funciona bem, porém estamos ainda em pesquisa, mas temos sim a intenção de colocá-lo em prática”, garante a pesquisadora.

O Congresso premiou os melhores trabalhos científicos nas áreas de Ciências Exatas, Ciências Biológicas e de Saúde e Ciências Humanas e Sociais com o prêmio “Professora Dou­tora Elmara Lucia Bonini” para o primeiro lugar no quesito Apresentação de Painel, e com o prêmio Chanceler ElectroBo­nini para o primeiro lugar em Apresentação Oral.

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