Tribuna Ribeirão
Economia

Mais de 65,6% das famílias estão com dívidas

JF PIMENTA

O percentual de famílias com dívidas em cartão de crédito, cheque especial, che­que pré-datado, crédito con­signado, crédito pessoal, car­nê de loja, prestação de carro e prestação da casa aumentou em dezembro de 2019, alcan­çando 65,6%.

É o maior patamar da série histórica da Pesquisa de Endi­vidamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010. O resultado divulgado nesta sexta-feira (9) é maior do que os 65,1% observados em novembro de 2019 e superior aos 59,8% registrados em de­zembro de 2018.

Segundo a pesquisa, o percentual de famílias ina­dimplentes, ou seja, com dí­vidas ou contas em atraso, diminuiu em dezembro de 2019, na comparação com o mês imediatamente ante­rior, passando de 24,7% para 24,5% do total. No entanto, houve aumento do percentu­al de famílias inadimplentes em relação a dezembro de 2018, que registrou 22,8%.

O percentual de famílias que declararam não ter con­dições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também dimi­nuiu, na comparação mensal, para 10% em dezembro, ante 10,2% em novembro. O indi­cador alcançou 9,2% em de­zembro de 2018.

Apontado como o prin­cipal tipo de dívida pelas fa­mílias desde a primeira Peic, feita há dez anos, o cartão de crédito atingiu, em de­zembro de 2019, seu maior patamar na série histórica: 79,8%. Em segundo lugar, vêm os carnês (15,6%) e, em terceiro, o financiamento de carro (9,9%).

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que o resultado, apesar de ligar o sinal de alerta, não pode ser considerado ne­gativo. De acordo com ele, como o endividamento não foi acompanhado de um au­mento expressivo da inadim­plência, os dados indicam uma dívida com responsa­bilidade e compatível com a renda das famílias.

“A tendência de alta do endividamento está associa­da à ampliação do mercado de crédito ao consumidor, impulsionada por fatores como a melhora recente no mercado de trabalho, sobre­tudo no emprego formal, e a redução das taxas de juros para patamares mínimos his­tóricos, o que permitiu a re­dução do custo do crédito”, afirmou Tadros, em nota.

A parcela média da renda comprometida com dívidas, apesar de ter aumentado no comparativo anual (29,7% contra 29,3%), recuou em dezembro para o menor pa­tamar desde junho de 2019.

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