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Mais de 3,2 mil golpes em RP em 2019

Marcello Casal Jr/Agência Brasi

Ribeirão Preto registrou 345 boletins de ocorrência por estelionato em janeiro de 2020. Em 2019 foram 619, de acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP). Apesar da queda em relação ao mesmo período do ano anterior, o nú­mero representa uma quantia expressiva de pessoas que estão sendo enganadas por golpistas.

Em todo o ano de 2019, foram registradas 3,2 mil ocor­rências por este tipo de crime. Comumente associados a gol­pes bancários, alguns casos re­gistrados pelo Jornal Tribuna neste ano relatam vítimas que perderam mais de R$ 10 mil em uma única vez.

Em um destes casos, uma mulher, de 50 anos, teve pre­juízo de R$ 15 mil após rece­ber uma ligação de uma pes­soa que se dizia funcionária de um banco. Na oportunida­de, o golpista informava que a conta da vítima mudaria de categoria e, por conta disso, precisaria instalar um aplica­tivo em seu celular.

Sem desconfiar de nada, a mulher seguiu os procedi­mentos passados pelo autor, que conseguiu acesso ao di­nheiro da vítima.

De acordo com o chefe de Divisão de Gerenciamento do Procon em Ribeirão Preto, Fe­res Junqueira Najm, em teoria, o banco pode responder pelo prejuízo ao consumidor.

“O ideal é sabermos exa­tamente como ocorreu a si­tuação. Em tese, se nós con­seguirmos identificar que houve uma falha na presta­ção de serviços do banco, ele poderá ser responsabilizado. Mas, pensando que o cartão e a senha são de uso intransfe­rível e pessoal, pode não ca­racterizar essa falha. Por con­ta disso, é necessário olhar caso a caso”, informou.

De acordo com o chefe de Divisão de Gerenciamento do Procon em Ribeirão Preto, Feres Junqueira Najm, em teoria, o banco pode responder pelo prejuízo ao consumidor, mas cada caso deve ser analisado – FOTO: JF PIMENTA

APAEs
Outros casos registrados pelo Tribuna foram as tentati­vas de golpes sofridas por seis Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) da região metropolitana de Ribei­rão Preto. Entre elas estão as unidades de Sales Oliveira, Ba­tatais, Pitangueiras, Cravinhos, Brodowski e Pontal.

Segundo informações da Federação das APAEs do Es­tado de São Paulo (Feapaes), a maneira de operação dos este­lionatários se baseava nas elei­ções para a troca da diretoria executiva das unidades.

“Ano passado foi o ano das eleições e em 2020 novas diretorias estão assumindo o novo mandato. Devido a isso, existem pessoas que estão ligando nas APAEs afirman­do serem do Banco do Brasil (instituição financeiro em que muitas APAES possuem conta) e que precisam atua­lizar os dados bancários, pois o nome do presidente e do tesoureiro mudaram”, infor­mou a Feapaes em nota.

Neste caso, os golpistas pe­diam para que os responsáveis das unidades acessassem um site, que tem grande seme­lhança com o da instituição bancária, e pediram para que fosse baixado um programa, para que a APAE conseguis­se fazer as transações online. “Acreditamos que esse seja um programa espião, para que eles acessem as contas e façam transações”, completou a nota.

Além das unidades da re­gião, a Feapaes informa que, ao todo, 28 municípios rela­taram terem sofrido as ten­tativas de golpe. Apesar de nenhuma unidade ter sido afetada monetariamente, as APAEs de Pontal e Tupã che­garam a baixar o software, porém, o sistema do Banco do Brasil detectou a fraude e cancelou a operação.

Dicas para não cair em golpes

Diante de tantos golpes, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor listou algumas dicas para a prevenção contra este tipo de crime:
► Desconfiar de atualização de informações
► Tomar cuidado com o golpe do cartão clonado
► Desconfiar de depósitos e lançamentos errados
► Não aceitar ajuda de estranhos em caixas eletrônicos
► Ficar atento a faturas e boletos adulterados
► Não fornecer dados do cartão de crédito
► Não tirar fotos para comprovar a existência do cartão

A recomendação é para que caso seja vítima de uma tentativa ou de um golpe propriamente dito, entre em contato com o banco por meio do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) para solicitar o pedido de contestação do débito.

Além disso, faça um boletim de ocorrência para comprovar a fraude. Lembre-se de anotar todos os protocolos e guardar os documentos que podem ser usados como provas.

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