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Mais casamentos em Ribeirão Preto

ALFREDO RISK

A virada do ano de 2019 entrou para a história da hu­manidade. Em 31 de dezem­bro daquele ano, a Organiza­ção Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, na República Popular da China. Uma semana depois, em 7 de janeiro de 2020, as au­toridades chinesas confirma­ram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020. Era o ponto de par­tida para uma das piores pan­demias da raça humana e que persiste até hoje.

O casal Isabela Orlandin Pequeno e Pedro Henrique Afonso teve que se adaptar à pandemia para a realização da festa de casamento

Vidas foram perdidas pre­cocemente pela covid-19. Hospitais ficaram superlota­dos. Empresas se fecharam e empregos foram perdidos. So­nhos foram interrompidos ou tiveram que ser adiados.

Os noivos Daiane Cristina Fioravante e Cleudiomar Lopes de Siqueira tiveram que adiar o momento do ‘sim’

O casamento, sonho e pro­jeto de vida de milhares, foi um dos muitos afetados. Ago­ra, com o aumento no número de pessoas vacinadas contra a covid-19 e queda no núme­ro de mortes e internações, a confiança dá sinais de ressur­gimento. Com isso, os casa­mentos e seu setor, a exemplo de outros setores, começaram a ter projetos retomados.

Em Ribeirão Preto, antes da pandemia, os Cartórios de Registro Civil tinham quase 4.300 casamentos registrados por ano. Foram 4.225 em 2019 e 4.267 em 2018. Em 2019 o número caiu para 3.068, ou seja, foram 1.157 cerimônias no Civil (-27,4%) em 2019 e 1.199 (-28%) no ano anterior.

Mas os números estão au­mentando em 2021. A média mensal que era de 356 casa­mentos em 2018 e 352 em 2019, caiu para 255 em 2021 e agora está em 291 registros/ mês, o que equivale a uma crescente de aproximadamen­te 14%.

Comparando os dez pri­meiros meses de 2020 com 2021 o aumento é maior. Ano passado, de janeiro a outubro foram realizados 2.378 regis­tros de união civil. No mesmo período deste ano já são 2.909, um aumento de mais de 22%.

Os números de Ribeirão Pre­to se assemelham aos do estado de São Paulo que apontam um crescimento de 19,57% entre janeiro e outubro de 2021 em comparação com o mesmo pe­ríodo do ano passado.

Os dados foram apura­dos pelo Tribuna no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio).

Casamentos sem festas
Um detalhe que dever ser levado em conta é que grande parte dos casamentos registra­dos nos Cartórios não tiveram festas ou elas foram mais res­tritas em número de convida­dos. Além disso, muitos casais oficializaram o matrimônio e adiaram as festas na pandemia.

A empresária e cerimonia­lista Cristina Falquetti, diretora da Flor de Mel Cerimonial, diz que agora as agendas estão lo­tadas. “Os casamentos adiados lotaram as agendas dos profis­sionais de eventos para 2022. Foram muitos adiamentos e também a ansiedade e preocu­pação que foi gerada nos noi­vos nesse momento tão difícil durante a pandemia. Tivemos que driblar as novas datas e conciliar com todos os forne­cedores envolvidos”, explica.

Tudo isso indica, segundo ela, muito trabalho em 2022. “[Estamos com] aceleração to­tal em relação à demanda dos eventos. Estamos trabalhando não somente com os casais que tiveram os seus sonhos adia­dos, mas também com novos casais que interromperam por um instante essa caminhada rumo ao grande dia”, diz.

Um novo jeito para as festas
O casal Isabela Orlandin Pequeno e Pedro Henrique Afonso teve que se adaptar à pandemia para realização da festa de casamento. “A pande­mia atrapalhou nossos planos quanto à quantidade de con­vidados. Algumas pessoas não estiveram presentes devido às restrições da época (setem­bro deste ano)”, disse Isabela. “Depois de 14 anos de espera e cumplicidade, nosso ‘sim’ não poderia ter sido mais cheio de significado. Nosso ‘sim’ foi mais do que a concre­tização de um sonho particu­lar. Foi um raio de alegria, fé e esperança para toda a nossa família e amigos em meio ao triste momento que estamos vivendo”, finalizou.

Cristina Falquetti: “Os casamentos adiados lotaram as agendas dos profissionais de eventos para 2022”

Já os noivos Daiane Cris­tina Fioravante e Cleudiomar Lopes de Siqueira tiveram que adiar o momento do ‘sim’. “Adiar o dia tão sonhado por nós, não foi fácil, mas diante do cenário que nos encontráva­mos era necessário para resguar­dar a todos que estariam presen­tes neste dia especial. Agora, não mais distante a ansiedade se torna amena e a expectativa a todo vapor”, revela Daiane.

Cristina Falquetti dá dicas para quem pretende casar ou realizar a festa de casamento no próximo ano. “Minha dica agora é ter muita paciência e confiarem em sua assessoria, pois tivemos que atuar como psicólogos dos noivos e moti­vando-os a não desistirem do grande dia.

Para isso, temos durante o ano os sábados que chamamos o dia de ouro, e são mais ou menos 50 [datas], en­tão para tentarmos amenizar e conciliar com todos os pro­fissionais que também estão com suas agendas apertadas é fazermos as alterações de datas para dias alternativos, como sextas-feiras, domingos e até mesmo um dia que anteceda a feriados”, finaliza Falquetti.

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