No Estado de São Paulo, entre 2012 e 2022, a permanência no mercado de trabalho nas faixas etárias mais elevadas ocorre como ocupados (96%), sendo reduzida a parcela em desocupação. Diferentemente do que se observa para o total geral dos ocupados, em que 67% estão em empregos formais, a formalidade alcança 28% das pessoas de 60 anos ou mais, enquanto 72% não possuem formalização do vínculo.
Os dados são da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o envelhecimento da população, o contingente de pessoas de 60 anos ou mais na força de trabalho (ocupadas ou desocupadas) aumentou significativamente.
Entre 2012 e 2022, estima-se ampliação de 727 mil pessoas. Destacam-se os acréscimos acima da média das pessoas negras (6% a.a.) e das mulheres (5% a.a.). A permanência dessas pessoas no mercado de trabalho é explicada pela necessidade de gerar renda para suas famílias.
Grau de instrução
A escolaridade das pessoas de 60 anos ou mais na força de trabalho evoluiu significativamente entre 2012 e 2022, principalmente pela redução de 17 pontos percentuais da parcela que não concluiu o ensino fundamental.
Em 2022, no entanto, 38% delas ainda tinham o fundamental incompleto, sendo esta proporção mais elevada para negros (56%) e homens (40%) e menor para mulheres (36%) e não negros (30%). Estes dois últimos grupos têm maior proporção de pessoas com ensino superior completo: 27% e 33%, respectivamente.