Camilo Calandreli, de 36 anos, foi nomeado nesta quarta-feira, 27 de novembro, para assumir a Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), subordinada à Secretaria Nacional de Cultura do governo Jair Bolsonaro. Apesar de ter nascido em São Paulo ele se define como ribeirão-pretano pro ter vindo para a cidade ainda criança, e reside aqui até hoje.
A nomeação de Calandreli foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Ele assume o cargo nesta quinta-feira (28), em Brasília. A Sefic que ele comandará é responsável por formular diretrizes gerais e dar publicidade aos critérios de destinação dos mecanismos de fomento e incentivo à cultura e do Fundo Nacional da Cultura, em conjunto com as outras unidades da Secretaria Especial da Cultura.
A Sefic planeja, coordena e supervisiona a operacionalização do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), a aprovação, monitoramento e prestação de contas de projetos culturais e também do Vale-Cultura, criado pelo Programa de Cultura do Trabalhador e a Lei Rouanet. Cantor lírico, maestro, professor de História da Arte e História da Ópera e produtor artístico, Camilo Calandreli é assumidamente conservador e um dos gestores do Grupo Brasil Limpo, de Ribeirão Preto – defende o que considera posições firmes e conservadoras sobre valores sociais, ideias e posturas políticas.
Calandreli era ligado ao Partido Social Liberal (PSL), mas se desfiliou recentemente e deverá migrar para o novo partido que será criado pelo presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil. “Conduzir uma pasta de tamanha relevância nacional é algo gratificante. Não mediremos esforços para conduzir nossa cultura, ao lado do secretário Roberto Alvim, aos profícuos caminhos do saber e resgatar nossa identidade nacional”, afirmou nesta quarta-feira.
Em recente entrevista ao Tribuna ele disse que “o conservadorismo não é Ideologia, pelo contrário, é a ausência de ideologia, é um estado de espírito. Somos herdeiros da civilização ocidental, do cristianismo, do Estado de Direito e herdeiros do processo democrático. Essa é a natureza do Brasil e não queremos destruí-las”, disse na época.