Tribuna Ribeirão
Polícia

Mãe vai a júri por morte do filho gay

REDE SOCIAL/ REPRODUÇÃO

O primeiro dia do julga­mento da gerente de compras Tatiana Ferreira Lozano Pereira, acusada de assassinar o próprio filho, Itaberli Lozano, de 17 anos, em dezembro de 2016, na cida­de de Cravinhos, durou nove horas e terminou por volta de 18h40 desta terça-feira, 26 de novembro. Foram ouvidas 15 testemunhas de defesa e cinco de acusação, além da ré e mais três acusados.

Nesta quarta-feira (27), o júri popular será retomado no Fórum Estadual de Justiça de Ribeirão Preto para o debate entre o Ministério Público Esta­dual (MPE) e os advogados que defendem Tatiana Lozano e os outros três réus. Depois ainda haverá tempo para as alegações finais. A expectativa é de que a sentença seja anunciada nesta quinta-feira, dia 28. A mulher responde por homicídio tripla­mente qualificado e ocultação de cadáver.

A vítima foi esfaqueada na garganta, depois seu corpo foi queimado e abandonado em um canavial. Dois comparsas que teriam sido contratados pela gerente de supermercado para agredir o filho também estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado e podem ser condenados até 30 anos de prisão. A defesa de ambos afir­mou que eles foram contratados por Tatiana para “dar uma lição” no garoto, que era homossexual, e não mataram o adolescente.

Victor Roberto da Silva e Miller Barissa também estão de­tidos. O advogado de defesa de Tatiana Lozano manifestou que a gerente de supermercado não mandou matar o próprio filho. Itaberli Lozano teria sido as­sassinado dentro da residência pela mãe com a participação dos rapazes. Depois de matar o adolescente, a mulher teria sido ajudada pelo marido, o tratorista Alex Canteli Pereira, de 30 anos, padrasto da vítima, para incinerar e esconder o cor­po em um canavial nas proximi­dades da Rodovia José Fregonesi (SP-328).

O padrasto responde por ocultação de cadáver e nega par­ticipação no crime. Segundo o advogado de defesa Hamilton Paulino Pereira Júnior, Tatiana Lozano rebate as acusações. Os comparsas Victor Roberto da Silva e Miller Barissa respondem por homicídio. O advogado Flávio Tiepelo sustenta que os jovens são inocentes. Todos os suspeitos estão presos. Itaber­li Lozano, antes de ser morto, postou em rede social que tinha sido agredido pela mãe por sua opção sexual.

O Ministério Público Esta­dual (MPE) ainda acusa Tatiana de homofobia e pede pena má­xima para a gerente. O corpo da vítima foi encontrado carboni­zado em 7 de janeiro de 2017, na zona rural de Cravinhos, dez dias após o desaparecimento. Nesta terça-feira, além das 20 testemunhas, também depuse­ram o padrasto do adolescente, Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa. O promotor que atua no caso é Eliseu José Berar­do Gonçalves. O júri será reto­mado às 9h30 desta quarta-feira (27). A Promotoria afirma que Itaberli Lozano foi emboscado e morto dentro da própria casa.

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