O ambiente no vestiário do Paris Saint-Germain voltou a esquentar nesta quarta-feira. Mãe e agente do volante Adrien Rabiot, Verónique Rabiot atacou a diretoria do clube francês e alfinetou o brasileiro Neymar. Para a mãe de Rabiot, o clube não trata seus jogadores com igualdade e o atacante ganhou privilégios ao ter liberada sua viagem ao Rio de Janeiro para o carnaval.
“Há jogadores que faltam por um cochilo de seis minutos, e outros que estão machucados, mas podem ir para a festa do outro lado do mundo, no carnaval do Rio”, declarou Verónique, em entrevista ao jornal francês L’Equipe.
Neymar esteve no Brasil durante dez dias, entre o fim de fevereiro e o início de março. Em tese, foi liberado pelo clube para seguir com o tratamento da fratura sofrida no quinto metatarso do pé direito. Em solo brasileiro durante o carnaval, o atacante participou de festas e eventos no Rio de Janeiro e também em Salvador.
O “cochilo” a que se refere a mãe de Rabiot teria acontecido com o volante em outubro do ano passado. O jogador chegou atrasado e disse que dormiu demais ao tentar justificar o ato de indisciplina. Assim como Mbappé, que também chegou tarde ao treino, ele foi multado e levado ao banco de reservas pelo técnico Thomas Tuchel.
O atraso acabou se tornando um divisor de águas para Rabiot dentro do time. Desde então, ele tem perdido espaço na equipe. Não entra em campo desde o início de dezembro. A diretoria até já teria avisado ao jogador que não pretendia renovar o seu contrato, que se encerra no fim de junho.
A situação do jogador piorou junto ao clube quando foi flagrado em uma casa noturna no mesmo dia em que o PSG foi eliminado nas oitavas de final da Liga dos Campeões, que era o maior objetivo do time na temporada. Ele está suspenso pelo clube desde então.
Faltando uma semana para o fim da medida, que acaba no dia 27, Verónique também afirma que o jogador francês de 23 anos está sofrendo com a situação. “Acho que o que querem agora é levar a uma ruptura de contrato. Mas Adrien não cometeu erro nenhum”, afirma. “Ele é criticado por sair (para boate) quando não querem mais usá-lo! É contraditório. Não é possível aprisioná-lo. Ele tem que soltar toda sua energia, que não usa mais. E libera dessa maneira (indo à festas)”, explica.
“Adrien é um prisioneiro atualmente. É um refém do PSG. Daqui a pouco vão deixá-lo com pão, água e numa cela”, declarou a mãe do jogador.