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Lula indica Cristiano Zanin ao STF

ROVENA ROSA/AG.BR.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou a indicação de seu advogado Cristiano Zanin para assumir a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta pela apo­sentadoria de Ricardo Lewa­ndowski, segundo consta de edição extraordinária do Di­ário Oficial da União (DOU) publicada na noite desta quin­ta-feira, 1º de junho.

“Zanin será excepcional ministro se for aprovado pelo Senado, e acredito que será. O Brasil vai se orgulhar de ter Zanin como ministro da Su­prema Corte”, declarou o pe­tista. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia dito pela manhã que Lula tinha indicado Zanin.

O advogado que defen­deu o presidente na Operação Lava Jato será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, pre­sidida por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), responsá­vel pela definição da data da audiência que pode selar a in­dicação presidencial.

“Vocês já esperavam que eu iria indicar o Zanin. Ele se transformará em um grande ministro da Suprema Corte. Eu conheço qualidades de Za­nin como advogado, chefe de família”, declarou Lula a jorna­listas no Palácio do Itamaraty após reunião bilateral com o presidente da República da Finlândia, Sauli Niinisto.

Foi a partir de um proces­so encabeçado por Cristiano Zanin que a Comissão de Di­reitos Humanos das Nações Unidas reconheceu que a pri­são de Lula, em 2018, violou o devido processo legal e que, por isso, a proibição para ele participar da eleição daquele ano violou os direitos políti­cos do atual presidente.

Segundo o senador Rodri­go Pacheco, o presidente da CCJ deve indicar um relator responsável por apresentar o parecer sobre o indicado. Em seguida, será fixada uma data para a sabatina de Zanin na CCJ e para votação do parecer do relator.

Aprovado na comissão, o tema será imediatamente pau­tado no plenário do Senado, segundo informou Pacheco. Para conquistar a vaga no Su­premo, o advogado Cristiano Zanin precisa dos votos de 41 dos 81 senadores da República.

O advogado Cristiano Za­nin Martins, formado em direi­to pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC­-SP) em 1999, é especialista em litígios estratégicos e decisivos, empresariais ou criminais, na­cionais e transnacionais.

Foi advogado do presidente Lula nos processos da Opera­ção Lava-Jato. Sua atuação re­sultou na anulação das conde­nações de Lula pelo Supremo Tribunal Federal. Junto de sua esposa, é sócio fundador do escritório Zanin Martins Ad­vogados e cofundador do Ins­tituto Lawfare.

Tem o objetivo de produ­zir conteúdo científico sobre o tema e a análise de casos emblemáticos envolvendo o fenômeno. Lawfare se carac­teriza pelo uso indevido e o abuso da lei para fins políticos e militares. Zanin também es­creveu o livro Lawfare: uma introdução (2019).

O instituto nasceu em 2017 a partir da constatação de que o direito está sendo utilizado de forma estratégica em di­versos países para obtenção de fins ilegítimos, de natureza geopolítica, política, comer­cial, financeira e militar, o que caracteriza lawfare. O advoga­do foi professor de direito civil e de direito processual civil na Faculdade Autônoma de Di­reito (Fadisp).

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