O lançamento ocorreu em uma cerimônia breve, à margem da Cúpula do G-20, grupo das principais economias do mundo, na Índia. Não houve discursos oficiais. Apenas o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, apertou uma lâmpada para simbolizar a criação da coalizão.
Participaram da cerimônia os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Joe Biden (EUA), Alberto Fernández (Argentina); as primeiras-ministras Giorgia Meloni (Itália) e Sheikh Hasina (Bangladesh); os primeiros-ministros Lee Hsien Loong (Singapura), Narendra Modi (Índia), Pravind Jugnauth (Ilhas Maurício) e um representante governamental dos Emirados Árabes Unidos. Eles posaram para fotos de mãos dadas.
Estava prevista a participação dos líderes do Canadá e da África do Sul, mas os países não enviaram autoridades à cerimônia. O Canadá e Cingapura participam, de início, na condição de observadores da aliança, não de membros fundadores.
A nova aliança vai reunir 19 países ao todo. Também fazem parte organizações dos setores público e privado internacionais e dos países membros, no total de 12. Segundo o governo brasileiro, a aliança está aberta a novas adesões. Especialistas ponderam, no entanto, que a demanda pelo etanol ainda é baixa. A expectativa do setor é que o uso do carro flex, consolidado no Brasil, se espalhe pela Índia e demais participantes, no futuro.
“Nosso desafio é garantir o suprimento global num cinturão de bioenergia relevante. A demanda existe”, disse o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi. “A eletrificação sozinha não é capaz agora, nem em dez anos, 30 ou 50 anos de ofertar a descarbonização que o mundo precisa. Não é. Não há ninguém com base científica que possa dizer isso.”
Um vídeo institucional promoveu a GBA como forma de ajudar a zerar emissões no transporte e a garantir segurança energética. Segundo os governos indiano e brasileiro, a produção de biocombustíveis precisa triplicar até 2030 para o mundo alcançar emissões líquidas zero até 2050. Os dados citados são das Agência Internacional de Energia.