Contratado com a expectativa de ser uma das referências técnicas do Corinthians em 2020, Luan ainda não conseguiu se firmar na equipe e virou alvo de muitas críticas. O atacante, no entanto, diz não se abalar com as contestações e afirmou que vai continuar se esforçando para brilhar com a camisa do time pelo qual torce desde a infância.
Em longa entrevista à Corinthians TV, divulgada nesta sexta-feira, Luan reforçou a paixão pelo clube, afirmou que “tira de letra” as críticas, mas se mostrou chateado com as mentiras a seu respeito. Recentemente, um boato sobre ele ter depressão circulou nas redes sociais e chegou à mãe do jogador, que ficou preocupada.
“Encaro com tranquilidade (as críticas), já passei por muita coisa, cada um tem o direito de falar o que quer. Não deixo muita coisa de fora entrar na minha cabeça, me atrapalhar. Nada que vier para me atingir dificilmente vai entrar na cabeça. Sou um cara muito tranquilo e maduro com isso. Até antes do futebol, já aprendi e vivi muita coisa. Não depende só de mim. Vai bem ou mal, faz parte. Mas quero me entregar e me dedicar para fazer sempre o meu melhor”, salientou o meia-atacante.
“Não tenho o convívio com a minha mãe porque ela cuida da minha avó na minha cidade. Então ela me perguntou (sobre ter depressão). Às vezes essas mentiras afetam nossa família, pelo fato de a gente estar longe. Mas eu tiro de letra certas coisas, não me atingem. O que falam, o que inventam”, acrescentou.
Sem conseguir as boas atuações que o fizeram ser eleito o melhor jogador da América do Sul em 2017, ano em que foi campeão da Libertadores com o Grêmio, Luan chegou a amargar a reserva no Corinthians e ainda não deslanchou. Em 34 jogos nesta temporada, marcou quatro gols e passou a ser contestado por parte da torcida. A última vez que balançou as redes foi há quase quatro mês, no fim de agosto, no empate em 1 a 1 com o Fortaleza. Ele revelou que, como também é torcedor, se cobra muito quando as coisas não vão bem e chega até a não dormir.
“Meus amigos são corintianos e eu também. Então o fato de estar aqui é uma responsabilidade muito grande. Eu me cobro muito de não ganharmos o jogo. Fico louco, às vezes nem falo com eles e acabo não dormindo quando o Corinthians perde ou eu não jogo bem. Dá vergonha mesmo. Eu sempre sonhei estar jogando aqui”, contou.