Tribuna Ribeirão
Cultura

Livro contará trajetória da Cia Dança de Rua de Ribeirão

FOTOS: DIVULGAÇÃO

“Dança é arte, dança é pai­xão”, esse é nome do livro que contará a trajetória da Cia Dança de Rua de Ribeirão Preto considerado um pro­jeto transformador na histó­ria da dança em Ribeirão e região e na vida de milhares de pessoas, pela atuação em programas sociais e educa­cionais. Para que a biografia ganhe corpo, os idealizadores André Miranda e Alexandre Snop fizeram uma vaquinha virtual com o intuito de en­contrar apoiadores.

“Depois de tantas vivên­cias dentro dessa equipe, prometi a mim mesmo que escreveria essa história para que nossas andanças não ca­íssem no esquecimento com o passar do tempo e que o le­gado se perpetuasse. Então, a oportunidade surgiu quando iniciei minha fase de despe­dida da Cia com as minhas últimas apresentações, uma vez que já flertava com meu retorno a Santos, minha terra natal. Isso ocorreu em 2018, quando comecei a escrever a biografia, escolhendo o pa­pel de narrador-personagem para dar aos leitores a ideia exata do que compartilhamos ao longo de vinte anos de his­tória”, explica André Miran­da, autor da obra.

Uma das coreografias mais importante e conhecidas da Cia. Chamada “Seja você mesmo, mas nem sempre o mesmo”. A foto é de umas das conquistas, no Festival de Joinville

“Dança é arte, dança é pai­xão, o nome do livro, foi extra­ído de um grito de saudação que Cia explanava após as suas apresentações”, completa.

André conta que a Cia era um sonho de seu idealizador, o arte educador e pedagogo Alexandre Miranda, o “Sno­op”, irmão de André, que dei­xou Santos para iniciar em Ribeirão Preto um projeto de dança, nos moldes do que ocorria em sua terra natal.

O autor lembra que, além das aulas que dava nas praças e periferias da cidade de Ri­beirão Preto, Snoop selecio­nou alguns dançarinos para iniciar o projeto a partir de um núcleo, que era o grupo oficial. A partir dele, surgi­ram diversos outros grupos de extensão, totalizando mais de duzentos jovens de diver­sos bairros envolvidos.

O autor André Miranda exerce o papel de narrador-personagem

“Futuramente esse grupo passou a atender por Cia Dan­ça de Rua de Ribeirão Preto, e nesse período, a equipe já esta­va nos holofotes nacionais, ao conquistar diversos festivais de renome no cenário nacio­nal, como o Dança Ribeirão, o Passo de Arte (Santos/Indaia­tuba), o Mercosul (Argentina) e principalmente o Festival de Joinville. Além disso, a Cia também sagrou-se vitoriosa em competições na TV, como o quadro ‘Se Vira nos 30’, do Faustão, e finalista do progra­ma ‘Qual é o seu talento’, do SBT. Em 2018, a Cia realizou um espetáculo homônimo ao livro, com a ideia de contar de forma resumida toda a sua trajetória. Depois disso, hou­ve uma parada nas atividades, mas sempre digo que enquan­to Alexandre Snoop estiver vivo na arte, a Cia seguirá exis­tindo”, acrescenta André.

Vakinha
Até o final da última quar­ta-feira, R$ 2.090,00 haviam sido arrecadados. A meta é de R$ 4.8 mil. A programa­ção é para três meses. “Com um mês de existência, arre­cadamos um pouco mais de 40% desse valor, mas espera­mos até o fim do prazo arre­cadar o montante completo, arcando assim com os custos da obra, que será lançado em diversas livrarias do país”, ressalta André.

Ele disse esperar por uma parceria com a Fundação Fei­ra do Livro. “Nossa esperança de atingirmos nosso objetivo passa também pela relevância que esses vinte anos de histó­ria tiveram para o cenário da dança local, inclusive através de espetáculos beneficentes realizados na cidade, com a participação de quase mil crianças e adolescentes de diversas escolas publicas do município”.

O autor revela que ele e o irmão, Snoop arcariam com todas as despesas em momentos normais. “Porém com a pandemia e a trava cul­tural decorrente dela em todo o país, optamos por aderir a essa plataforma para realizar esse sonho não apenas nosso, mas de tantas pessoas que es­tiveram envolvidas nesse le­gado ao longo de vinte anos”.

“A relevância dessa bio­grafia para a cultura de nossa cidade tem um valor imensu­rável e também humano, pois é uma história de pessoas co­muns e seus sonhos, vitórias, derrotas, dedicação, supera­ção e a formação de um elo através das relações huma­nas”, finaliza André.

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