Links falsos estão circulando na internet para cadastrar pessoas que desejam receber o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal. Em vez de receber o auxílio, porém, quem usar esses links pode ter seus dados roubados. O golpe já tem 6,7 milhões de compartilhamentos e acessos em todo o País e exige atenção de quem navega pela rede.
Os dados são do dfndr, laboratório da startup de segurança digital da PSafe, que registrou alta nesse tipo de golpe desde o mês de março. Segundo a empresa, cerca de 90 a 100 páginas falsas trazem perguntas sobre dados pessoais e induzem os usuários a compartilhar os links em aplicativos como o WhatsApp, por exemplo, para receber o benefício.
Segundo Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, é importante se atentar para o endereço dos links acessados. Toda página do governo, por exemplo, deve acabar em “gov.br” – o que os sites falsos não terão. Para não cair no golpe, é necessário ter atenção. Sempre verifique o endereço do site que está sendo acessado e de onde veio a informação sobre a página. Dados pessoais só devem ser fornecidos na internet quando há confiança do usuário.
Até as 16 horas desta quarta-feira, 8 de abril, a Caixa Econômica Federal havia registrado 25,1 milhões de pedidos concluídos para o auxílio emergencial de R$ 600 a ser pago durante a crise do novo coronavírus. Conforme o banco, 39,3% dos solicitantes optaram pela poupança social para receber os recursos. Isso indica que eles não têm conta bancária própria.
Os recursos depositados na poupança social da Caixa não poderão ser sacados num primeiro momento, pois estarão disponíveis apenas para transações digitais, como transferências e pagamentos, que poderão ser feitos gratuitamente. O governo ainda vai divulgar um calendário para saques.
Brasileiros que tentaram se cadastrar no aplicativo e tiveram o pedido negado por suposta irregularidade no Cadastro de Pessoa Física (CPF) devem refazer a operação, orienta a Receita Federal. O órgão nega que tenha havido erro de aplicativo ou sistema, mas alega que “o número alto de acessos pode gerar instabilidade”.
Segundo a nota da Receita, o aplicativo “Caixa Auxílio Emergencial” desenvolvido para o recebimento do benefício apresentou “um volume excessivo de acessos que pode ter impedido o cadastramento de muitos beneficiários”. O Fisco Receita orienta a todos que inseriram o CPF tiveram o pedido negado refazer a operação, sempre atento a possível erro de digitação.
Nos primeiros dias da megaoperação de cadastramento dos “invisíveis”, que estão fora do Cadastro Único de programas sociais, houve relatos de quem não conseguiu finalizar o pedido porque o CPF estava irregular. A regularidade cadastral é um dos requisitos para a solicitação do benefício.
Ao insistir no cadastro, caso o aplicativo negue novamente o pedido, a Receita informa que os cidadãos devem consultar sua situação cadastral. Isso pode ser feito por meio da consulta no endereço http://servicos.receita.fazenda.gov br/Servicos/CPF/ConsultaSituacao/ ConsultaPublica.asp, da Receita Federal, na internet.
A Secretaria Municipal da Assistência Social de Ribeirão Preto colocou suas equipes à disposição para esclarecer dúvidas e prestar informações à população. Para evitar aglomeração, os atendimentos estão sendo realizados por telefone pelos profissionais dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) – no site www.ribeiraopreto.gov.sp.br constam os endereços e telefones.