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LIGADOS PELA HISTÓRIA – Série traz o que as cidades da região têm de melhor

FOTOS: REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO

 

“Ligados pela História” foi idealizado pela jornalista e pesquisadora Adriana Silva

Os telespectadores das ci­dades da Região Metropolita­na de Ribeirão Preto (RMRP) tiveram acesso a uma série feita para TV que contou um pouco das particularidades e curiosidades de cada uma das 34 cidades da região. Os programas foram exibidos de forma inédita, aos sábados, pelo SBT, e agora estão dis­poníveis em uma plataforma online: o Museu Cidade Digi­tal. A idealizadora do projeto, a jornalista e pesquisadora Adriana Silva, dá detalhes so­bre o trabalho desenvolvido e explica quais serão os próxi­mos passos.

Série mostrou aspectos culturais e turísticos das cidades da região, como em Santa Rita do Passa Quatro e Santa Rosa de Viterbo, em destaque

Como surgiu a ideia da série “Ligados pela História”?
Adriana Silva – A série na verdade é um projeto maior. Com o envolvimento do Insti­tuto Paulista de Cidades Cria­tivas de Identidades Culturais (IPCCIC), está mapeando as potencialidades culturais dos municípios. A ideia é regis­trar o que as cidades têm de melhor, enaltecer suas carac­terísticas identitárias, mostrar as possibilidades de turismo cultural, rural, gastronômi­co e ecológico. Além disso, o “Ligados pela História” quer levantar a autoestima dos moradores dessas cida­des que costumam dizer que seus municípios não ofere­cem opções de lazer. Esta­mos mostrando, toda semana, que na verdade, tem muita coisa legal nessa região.

Depois de apresentar os 34 episódios, como vocês pensam em seguir fomen­tando o potencial mapeado?
Adriana Silva – Vamos re­alizar um seminário de Eco­nomia Criativa e apresentar ideias de como é possível in­crementar a economia local com projetos de interesse tu­rístico, cultural e até de econo­mia de circuito curto, aquela que intensifica a pequena pro­dução e a circulação do que for produzido na localidade.

Qual o critério de esco­lha da temática para a pro­dução de cada episódio de 36 minutos?
Adriana Silva – Começa­mos a produção contatando alguém da cidade. Às vezes um morador, outras vezes o secretário ou diretor de Turis­mo e/ou Cultura. Partimos do conhecimento que já temos dessas cidades, e na verdade é amplo, porque eu particu­larmente pesquiso desde 2013 a região de Ribeirão Preto. Aí vamos construindo juntos um roteiro de visita. Sempre perguntamos para o nosso anfitrião: “se eu estivesse pas­sando pela estrada e entrasse desavisada na cidade para passar um dia, onde você me levaria para exibir seu muni­cípio”. Quando não, pedimos: “Mostre-me o que o muni­cípio tem de melhor”. Nesse caso, às vezes eles não querem mostrar lugares fechados, sem reformas. Então explicamos que queremos ver o potencial do lugar, aquilo que pode vir a ser uma coisa muito legal. Tentamos mostrar um pou­co da história, mas não é o principal mote da série, volta­mos no passado em especial, quando ele ainda está presen­te, como são os casos de pro­jetos que fortalecem a relação com os antigos imigrantes, fa­zendas de café, passagem das ferrovias, mas sempre com foco naquilo que ainda está aparente.

Como tem sido a reper­cussão da série?
Adriana Silva – Confesso que nos surpreendeu. Apre­sentamos a série em dois formatos. Inédito no SBT sempre às 13h30 aos sábados e depois de exibido ali, hospe­damos todos os episódios no site www.museucidadedigital. com. É grande o número de acessos e são sempre muito bons os comentários. Entre­tanto, mais do que uma análi­se quantitativa, o que mais nos anima são os elogios qualitati­vos. Muitos falam sobre a im­portância desse registro para a nossa região. Toda nossa equipe de produção (Antonio Torres, Mari Dias e Edgard de Castro) está muito feliz com os resultados.

Museu Cidade Digital
O Projeto Museu Cidade Digital (www.museucidadedigital. com) reúne em seu escopo várias propostas, todas elas interligadas e ao mesmo tempo independentes, proporcio­nando maior alcance às suas iniciativas. Trata-se da criação de uma plataforma digital. Este espaço on-line de longo alcance, permanência contínua e ferramenta oportuna para a difusão do conhecimento, hos­pedará documentários em vídeo especialmente produzidos pelos responsáveis do projeto, para re­gistrar a história dos municípios do Estado de São Paulo.

MEMÓRIAS

Há 155 anos
Assassinado fabriqueiro da igreja católica
O fabriqueiro da Igreja Católica em Ribeirão Preto, Manuel Fernandes do Nascimento, faleceu no dia 10 de fevereiro de 1867. Ele fora gra­vemente ferido no dia 7 de dezembro, a mando de Manoel Soares de Castilho. O motivo do crime foi a tentativa do fabriqueiro de abrir uma rua cortando o quintal da casa do proprietário, que contratou Manoel Felix dos Santos para cometer o crime.

Há 110 anos
Morre patrono da diplomacia brasileira
No dia 10 de fevereiro de 1912, morreu José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, considerado o patrono da diplomacia brasileira. A morte aconteceu no sábado anterior ao do início do Car­naval, fato que levou o presidente Hermes da Fonseca a determinar o adiamento do festejo de rua, o que não foi obedecido por boa parte da população. O barão foi figura importante da história do Brasil. Foi mi­nistro várias vezes, advogado, geógrafo, historiador e diplomata, filho do Visconde do Rio Branco. Em Ribeirão Preto, o nome do prédio-sede da administração municipal se deve ao barão do Rio Branco; e existe também o nome da rua em homenagem a seu pai.

Há 95 anos
Goleada do Comercial no quinto clássico
No dia 6 de fevereiro de 1927, o Comercial goleou o Botafogo por 5 a 1 em jogo válido pelo Campeonato do Interior. Na história, foi o quinto jogo entre os dois clubes com a quinta vitória comercialina. O jogo foi no estádio da Rua Tibiriçá (atual área da Recreativa). O Comercial tinha muito mais time. O juiz do jogo foi Augusto Ghirardi e não há registro de escalação dos dois times, segundo o livro do jornalista Igor Ramos.

Há 90 anos
Após 13 clássicos, Botafogo obtém primeira vitória
No dia 24 de janeiro de 1932, após os dois clubes terem se enfrentado 13 vezes, o Botafogo conseguiu sua primeira vitória contra o Comer­cial. O resultado foi 3 a 1, no jogo realizado no estádio da Rua Tibiriçá. O máximo que o Botafogo tinha conseguido até então foi um empa­te. Mais importante para o Botafogo é que o clube conseguiu manter a vantagem no campeonato da Primeira Região. O juiz foi Armando Rossi.
Botafogo – Hermínio, Maneco e Iracino; Viesti, Arquimedes e Corni; Joãozinho, Baiano (Palito), China, Pequitote e Siloca.
Comercial – Nenê, Paschoal e Domingos; Nicolau, Mello e Orozimbo; Durvalino, Vespu, Carlito, Maia e Marinho.

Há 65 anos
Vitória do Paulista no 2º jogo contra o Botafogo
No dia 10 de fevereiro de 1957, no segundo jogo da série decisiva “melhor de três” entre Botafogo e Paulista de Jundiaí, para ver o clube que subiria da Segunda para a Primeira Divisão do Campeonato Pau­lista, deu vitória do Paulista por 3 a 1. No primeiro jogo, o Botafogo havia vencido por 1 a 0 no Estádio Luiz Pereira. No segundo, em Jun­diaí, o gol do Botafogo foi marcado por Amorim, e o time formou com Machado, Sula e Julião; Wilsinho, Dicão e Gil; Noca, Moreno, Amorim, Paulinho e Guina (técnico, Jose Agnelli). O juiz foi Ariovaldo Pereira dos Santos. Botafogo e Paulista fariam o terceiro jogo em São Paulo.

Há 50 anos
Enchente causa transtorno em Bonfim Paulista
Forte enchente atingiu o distrito de Bonfim Paulista no início de feve­reiro de 1972. A água do Córrego Laureano subiu três metros. Casas foram afetadas e móveis carregados pela água. Houve intervenção do Corpo de Bombeiros. A enchente afetou também a Vila Virgínia, mas já com a água em nível menos alto. Mas o prefeito Antônio Duarte Nogueira anunciou que determinaria a derrubada da ponte da Rua Guatapará.

Concurso de fantasias no sucesso do Baile de Gala
Evandro de Castro nem concorreu ao prêmio, foi considerado “hours concurs”, mas outras estrelas do Carnaval carioca também marcaram presença expressiva no Baile de Gala, realizado dias antes do Car­naval, na Recreativa. Foi promovido pela Comturp – Companhia de Turismo de Ribeirão Preto –, cujo presidente, Francisco Rubens Calil, declarou que o evento tornou a cidade mais conhecida nacionalmente.

Público pequeno vê vitória do Botafogo no clássico
No dia 6 de fevereiro de 1972, o Botafogo venceu o Comercial por 1 a 0, pelo Torneio Laudo Natel, no Estádio Santa Cruz, num dos clássi­cos de menor público da história – apenas 2.234 pagantes. O gol foi marcado por Nato aos 26 minutos do segundo tempo. Juiz, Edson Walter Pantozzi.
Botafogo – Geninho. Miranda, Roberto Corsino, Manoel e Luís Celso; Cunha e Carlucci. Afrânio (Valter Conceição), Nato (Nonô), Geraldo e Peri. Técnico, Paulo Leão.
Comercial – Jorge; Batalhão, Leonardo, Klein e Maurício; Paraguaio (Helinho) e Jair Gonçalves; Tonho, Jair Bala, Mário Augusto (Nelsinho) e Paulo Bim. Técnico, Carlos Cézar.

Jair Bala causa disputa entre Comercial e Botafogo
A presença de Jair Bala foi uma das atrações do Come-Fogo de 6 de fevereiro de 1972. Ele foi contratado dias antes pelo Comercial, mas, antes disso, dirigentes do Botafogo estiveram em Belo Horizonte ten­tando sua contratação junto ao América mineiro.

‘Love Story’ chega à sexta semana em Ribeirão
No dia 6 de fevereiro de 1972 o filme “Love Story” chegava à sexta semana de exibição no Cine Centenário. O filme era estrelado por Ali Macgraw, Ryan O’Neal e Ray Milland. No mesmo dia, o Cine São Jor­ge apresentava “Sofrendo da bola”, com Dean Martin e Jerry Lewis. Cine Bristol: “Rio lobo”, com John Wayne. Cine Suez: “A doce mulher”, com Irene Stefania. Cine Plaza: “Corrida contra o destino”, com Barry Newman. Cine São Paulo: “Aquele novembro delicioso”, com Gina Lo­lobrigida. Cine Pedro II: “Voltei para matar”, com Mike Marshal.

Aconteceu
Piano toca sozinho no Palácio Alvorada
Após tomar posse como presidente da República, Itamar Franco de­morou cinco meses até se mudar para o Palácio da Alvorada, onde fica a área residencial do chefe de governo em Brasília. Ele estava te­meroso em vista da falácia de que fantasmas ali entravam durante a madrugada. Itamar só perdeu o medo depois que dona Sarah Kubits­chek, que foi ao palácio a seu convite, declarou que realmente ouvia o piano tocar à noite. Mas isto, segundo ela, “é prova do alto astral do Alvorada”. “Há coisa melhor do uma boa música neste ermo encanta­do do Cerrado?”.

 

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