O técnico Roberto Cavalo não quer nem ouvir falar a palavra euforia entre os jogadores do Botafogo. Do estádio para fora, tudo bem, é um direito da torcida comemorar a fase do Pantera, que retomou a liderança do Campeonato Brasileiro da Série B, após bater o Operário, por 2 a 0, em Ponta Grossa-PR, no sábado (25). Antes, em casa, o Bota havia perdido a liderança em derrota por 1 a 0 para o Vila Nova-GO, então na zona de rebaixamento.
Cavalo quer um time com marcação forte e, a partir daí, criar oportunidades de gols e garantir resultados. Com a defesa menos vazada do campeonato, com dois gols sofridos, ao lado do Bragantino, o Fogão tem correspondido em campo à organização defensiva pretendida pelo treinador. “Jogar essa divisão é bem difícil e o Vila Nova mostrou isso dentro do Santa Cruz e aproveitou a oportunidade que surgiu,” disse.
Contra o Criciúma, no próximo sábado, às 16h30, Roberto Cavalo espera por um adversário que joga e deixa jogar. Nas primeiras cinco rodadas do campeonato, o time catarinense obteve apenas uma vitória, contra o Guarani, na última rodada, e ocupa a 14ª colocação na tabela. “Mesmo assim temos o compromisso de primeiro marcar, para depois buscarmos o gol, o resultado,” ressalta.
Não por menos, o técnico prefere atuar com três volantes, mas se aproveitando de ao menos um deles que saia para o jogo, no caso Marlon Freitas. Sem Jonata Machado, punido com suspensão por três cartões amarelos, e especialista em jogar na frente da área, é provável que Higor Meritão seja escalado. Mas não há certeza nisso. “Vai ter mexida no time,” limitou-se a dizer.
Roberto Cavalo conhece bem aquele setor do campo e atuou por ali durante vários anos, em times como Criciúma, Botafogo, Sport, Avaí entre outros. Desde que chegou a Ribeirão Preto e conseguiu livrar o Botafogo do rebaixamento no Campeonato Paulista, ele bate na mesma tecla: marcar forte, se entregar e resolver na raça quando as coisas eventualmente não estiverem bem na técnica.