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Libras pode se tornar disciplina nas escolas de RP

LF PITON/CCS

Projeto do vereador Maurí­cio Gasparini (PSDB) em aná­lise na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto quer incluir a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como disciplina curri­cular obrigatória para crianças surdas ou ouvintes nas insti­tuições públicas e particulares da cidade. Ela seria incluída desde a educação infantil até o ensino fundamental. De acordo com o projeto, caso seja aprovado, os professores surdos terão prioridade para ministrar as aulas de Língua Brasileira de Sinais

Segundo a justificativa do vereador, a linguagem é parte integrante no desenvolvimen­to do ser humano e a falta dela tem graves conseqüências para o individuo no que refere ao seu desenvolvimento emocio­nal, social e intelectual. “A co­municação é um processo de interação no qual se compar­tilha mensagens, ideias, emo­ções e sentimentos, podendo influenciar ou não outras pes­soas”, completa.

A justificativa do parla­mentar diz ainda que devido a deficiência auditiva, a fala fica prejudicada e não são raros os casos em que ela não é desen­volvida. “As pessoas que apre­sentam essa deficiência geral­mente se comunicam através de gestos, numa linguagem própria feita através de sinais. (o projeto) Tem por objetivo, universalizar o aprendizado das Libras, tendo como conseqüên­cia a melhor inclusão social de portadores de deficiência audi­tiva na nossa sociedade”.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação atual­mente existem 18 alunos com deficiência auditiva nas escolas municipais. Eles são acompa­nhados por duas professoras de libras, que realizam um atendimento itinerante nas es­colas de Educação Infantil para desenvolver a comunicação desses alunos logo no início da idade escolar.

Além do atendimento iti­nerante, os professores tam­bém realizam o atendimento nas escolas pólos, no con­tra turno escolar do aluno, sendo esse aluno da própria unidade escolar ou de outra unidade que necessita desse atendimento.

Guardas são capacitados
Em novembro, guardas civis metropolitanos de Ri­beirão Preto participaram de um curso de Libras. Realiza­do de forma voluntária, sob coordenação da educadora Luciana Rodrigues, e duas professoras, sendo uma delas surda, os GCMs se qualifica­ram para atuar no auxílio de pessoas surdas no âmbito da segurança pública.

“Para nós que estamos nas ruas da cidade é importante ter esse conhecimento para ajudar a comunicação do munícipe quando necessário, princi­palmente em situações de fragilidade que podem ocor­rer, dando às pessoas surdas, melhor acesso à segurança”, afirmou Domingos Fortuna, diretor operacional da Guar­da Civil Metropolitana.

Segundo o Instituto Bra­sileiro de Geografia e Esta­tística (IBGE) 9,8 milhões de brasileiros possuem de­ficiência auditiva, o que re­presenta 5,2% da população brasileira. Deste total 2,6 milhões são surdos e 7,2 mi­lhões apresentam grande di­ficuldade para ouvir.

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