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Liberdade Econômica – Entidades pedem adequação à lei

RAFAEL CAUTELLA

Entidades empresariais de Ribeirão Preto apresentaram, na noite de quinta-feira, 10 de outubro, ao prefeito Du­arte Nogueira Júnior (PSDB), um ofício solicitando que o Executivo adeque a legis­lação municipal às dispo­sições da chamada “Lei da Liberdade Econômica” (nº 13.784/2019). O objetivo é simplificar e desburocrati­zar o processo de abertura de novas empresas na cidade aumentando a eficiência do poder público.

Com base na nova lei, as entidades solicitaram oficial­mente ao prefeito que encami­nhe à Câmara um projeto re­visando a classificação de risco das atividades na legislação municipal. Um segundo pedi­do, também com base na “Lei da Liberdade Econômica”, so­licita que o executivo defina o prazo máximo para análise de pedido de liberação de nova atividade econômica.

“São mudanças opcionais que, quando entrarem em vi­gor, podem colocar Ribeirão Preto um passo à frente de outros municípios e dinami­zar a economia local”, afir­mou o presidente da Associa­ção Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Do­rival Balbino. “Nosso papel como representantes do setor produtivo é trazer soluções ao poder público que tragam impacto positivo na geração de emprego, riqueza e renda na cidade”, completa ele.

Também estiveram em audiência com o prefeito o diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Guilher­me Feitosa, e o presidente do Sindicato do Comércuio Va­rejista de Ribeirão Preto e Re­gião (Sincovarp) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (Sin­covarp/CDL), Paulo Cesar Garcia Lopes. Ainda assina o documento a Associação das Incorporadoras, Loteadoras e Construtoras de Ribeirão Preto (Assilcon), do setor da construção civil.

O presidente Jair Bolsona­ro (PSL) sancionou a “Lei da Liberdade Econômica” em 20 de setembro. No evento, ele disse que a nova legislação “vai mudar e muito a nossa economia”. Revelou ainda que o governo avalia proje­to para incentivar a abertura de empresas. “Tenho falando com Paulo Guedes. Devemos estudar um projeto, não para meu primeiro emprego, mas para a minha primeira em­presa”, declarou.

A ideia, segundo Bolsona­ro, é dar segurança jurídica para a abertura de uma em­presa e, se o negócio não vin­gar, fechá-la sem que o em­preendedor tenha de “fugir para não ser preso”. A nova lei dispensa a necessidade de licenças e alvarás para negó­cios de baixo risco. Também proíbe o “abuso regulatório”, como a criação de regras para leis para reserva de mercado ou controle de preço.

O secretário de Desbu­rocratização, Gestão e Go­verno Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, disse que a expectativa é criar 3,7 milhões de empregos e aumentar o Produto Inter­no Bruto (PIB) em até 7% nos próximos dez anos com a sanção da MP da Liberda­de Econômica. “(A lei) Não resolve todos os problemas, mas dá o norte certo que nós queremos”, disse.

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