Por Luiz Carlos Merten
A política deu o tom na premiação da competição brasileira do 25º Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade.
Libelu – Abaixo a Ditadura, de Diógenes Muniz, venceu como melhor filme e o júri integrado por Francisco César Filho, Ignácio de Loyola Brandão e Cristiana Grumbach atribuiu duas menções – a Segredos do Putumayo, de Aurélio Michiles, e Fico Te Devendo Uma Carta do Brasil, de Carol Benjamin, os dois abordando a questão dos direitos humanos no País, no período áureo do ciclo da extração da borracha na Amazônia e durante a ditadura militar.
Libelu reconstitui a história do grupo Liberdade e Luta, pioneiro a gritar Abaixo a Ditadura nas manifestações dos anos 1970 e mais tarde originária da tendência O Trabalho, do PT.
Na competição internacional, o júri integrado por Jorge Bodanzky premiou Colectiv, de Alecxander Nanau. Um incêndio na boate com esse nome produziu dezenas de mortos e centenas de feridos em Bucareste. O filme é sobre organização jornalística independente que investiga o assunto e descobre, para além do horror das vítimas, uma gigantesca fraude no sistema de saúde. A premiação foi remota, pelo site do festival.