De acordo com uma porta-voz, a empresa irá operar com as chamadas ODMs (do inglês “original design manufacturer”) para fabricar os aparelhos, que serão comercializados com a marca da LG. Também serão extintos alguns cargos de pesquisa e desenvolvimento na estrutura organizacional da gigante de tecnologia.
O foco, a partir de agora, será a produção de smartphones premium, para tentar reverter a queda vertiginosa de posições num mercado em que já ocupou a terceira posição.
Tom Kang, analista da Counterpoint, avalia que a LG traçou a estratégia para competir com players como Huawei, Xiaomi, Oppo e Vivo, mas que isso pode não ser suficiente.
“Ela sabe que não está enfrentando a Apple ou a Samsung, e está tentando agregar valor aos seus modelos de entrada usando as mesmas ODMs que as empresas chinesas usam. Mas somente terceirizar seus produtos não vai resolver se não se utilizarem de estratégias de marketing, algo que as chinesas possuem”, pondera Kang.
A LG tem planos para lançar um novo modelo topo de linha no primeiro trimestre de 2021. Chamado internamente de “Rainbow”, o smartphone deverá seguir o padrão do V60 ThinQ 5G, apresentado em fevereiro deste ano.
Aumento nas vendas
Em outubro, a LG divulgou números da divisão mobile no terceiro trimestre, e apesar de ainda fechar “no vermelho”, houve um aumento de 17% nas vendas em relação ao trimestre anterior, totalizando US$ 1,34 bilhão.
Na América do Norte e do Sul, a empresa conseguiu melhorar seu desempenho, e os modelos LG Wing, Velvet e Q51 são apontados como os principais destaques nas vendas registradas entre os meses de julho e setembro.
Fonte: Reuters