Apesar de o Botafogo não ter mais o que disputar dentro do Campeonato Brasileiro, a diretoria tricolor ainda não fala sobre o planejamento para 2020. Questionado após o empate diante do Londrina, no sábado, o diretor de futebol do Pantera, Léo Franco, evitou falar sobre a continuidade ou não de Hemerson Maria no clube e saiu em defesa do treinador.
“A gente ainda está conversando, falei em outra oportunidade: eu conheço o trabalho dele, sei da qualidade, mas que estaria avaliando, como se avalia o futebol todos os dias. Os números realmente não são o que ele queria, nem que o grupo de atletas queria, mas temos de analisar os motivos. Por que foi um ponto só aqui em Londrina? Não faltou um pouco mais de determinação, cuidado na hora de definir as jogadas? Alguns questionamentos devem ser feitos”, disse.
Segundo Franco, alguns pontos foram determinantes para a queda de produção da equipe no decorrer da competição. A inconsistência e as seguidas lesões dos jogadores de ataque é um deles.
“Temos três centroavantes que qualquer clube da Série B queria ter. Mas cada hora jogou um e não foi por um capricho do Hemerson, os números estão aí. Tivemos lesões, poucos jogos, tivemos Júlio César e Saraiva no mesmo jogo. Num momento em que tivemos o Dodô, oriundo da base em um momento muito bom, ele se lesiona. O fato de não ter conseguido uma sequência de jogadores no ataque reflete nos nossos números. Não fomos uma equipe efetiva no número de gols marcados. Agora vamos sentar, fazer as avaliações, análise e tomar as decisões para o melhor ao Botafogo”, afirmou.
Com 37,8% de aproveitamento no comando do Botafogo, Hemerson Maria é o treinador com pior rendimento no clube desde 2016. O desempenho ruim e a queda da quarta para a décima colocação no brasileiro dificultou a relação do treinador com os torcedores botafoguenses, que na última partida, dentro do Estádio Santa Cruz, chegaram a vaiar e hostilizar o técnico.