Fizemos coisas grandiosas, mas não coisas melhores. Nós limpamos o ar, mas poluímos a alma. Conquistamos o átomo, mas não nosso preconceito. Escre-vemos mais, mas aprendemos menos. Planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar, mas não a esperar. Fazemos mais computadores para conservar mais informações, para produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos e menos.
Os nossos são tempos de comidas rápidas e digestão vagarosa, homens altos e pequenos de caráter, profundos lucros e relacionamentos rasos. Estes são dias de dois salários e mais divórcios, casas mais bonitas, mais lares desmanchados. São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade jogada fora, “ficar” uma noite, corpos com sobrepeso, e pílulas que fazem de tudo: animar, acalmar, matar.
É um tempo em que há muito na vitrine e nada lá dentro. Um tempo em que a tecnologia lhe traz este artigo e um tempo em que você escolhe ler e participar ou simplesmente apagar.
Inspirada em George Carlin, nossa magnífica professora e escritora Maria Helena Silva Dutra de Oliveira nos sugere alguns exercícios básicos para melhorar nossa qualidade de vida!
Lembre-se: use um pouco de tempo com as pessoas que você ama, pois não vão ficar sempre por aqui. Lembre-se, diga uma palavra amável para quem o olha com medo, pois aquela pessoinha vai crescer e sair do seu lado.
Lembre-se de dar um caloroso abraço na pessoa próxima de você porque é o único tesouro que pode lhe dar de coração e não lhe custa um centavo. Lembre-se de dizer “eu te amo” para sua ou seu companheiro e para as pessoas que ama, mas seja sincero. Um beijo e um abraço fazem sarar feridas quando vem bem de dentro de você. Lembre-se de dar as mãos e valorize o momento, pois pode não ver aquela pessoa mais uma vez. Dê tempo para o amor, dê tempo para falar, dê tempo para repartir os preciosos pensamentos de seu espírito.
Lembre-se de que você não é melhor do que os outros. Saber escutar antes de gritar é uma arte rara de elegância. Falar baixo, sem perder a razão e sem medo de não ser ouvido nos torna mais humanos e angelicais ao mesmo tempo! Enquanto alguns torcem para nada dar certo e comemoram os erros alheios, nós esquecemos de que bem nos porões de nossa intimidade, geralmente, está exatamente aquele bolor, mofo e mau cheiro que “delatamos”.
Assim seguramente superaremos as crises e voltaremos a usufruir de nossa mais profunda dignidade. Não busquemos culpados fora de nós. Façamos a nossa parte e todo o resto acontecerá por acréscimo. Eis nossa esperança, eis a mais convincente maneira de viver melhor hoje do que ontem!