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LEITE LOPES – Governo avalia a conclusão de torre

A Empresa Brasileira de In­fraestrutura Aeroportuária (In­fraero), vinculada à Secretaria Nacional da Aviação Civil – e ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil –, anun­ciou um levantamento dos ser­viços de construção já executa­dos na nova torre de controle do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ribeirão Preto, com o objetivo de abrir nova licitação para a retomada e conclusão da obra. Mas não há data definida.

A antiga torre de controle do aeroporto de Ribeirão Preto foi demolida em 2013, após a identificação de danos estrutu­rais na edificação, causados por deformações nas camadas de solo onde estava a estrutura. Por segurança, o efetivo local de con­troladores de voo foi transferido para o local onde funciona nos últimos cinco anos.

O Tribuna Ribeirão apurou que a obra da nova torre de controle foi paralisada em 2015 depois que a empreiteira vencedora da licitação interrompeu o contrato por causa do não pagamento por parte da Infraero. Apesar de não estipular prazo para a abertura da nova licitação, a empresa sustenta que o controle do tráfego aéreo realizado atualmente, mesmo sem contar com o equipamento, opera de acordo com as normas do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Na terça-feira (30), o minis­tro Maurício Quintella disse ao prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), ao deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) e ao es­tadual Léo Oliveira (MDB) que agilizará a conclusão do projeto executivo para licitação e contra­tação das obras de ampliação e modernização que transforma­rão o Leite Lopes em aeroporto internacional de cargas, com voos semanais para Miami, na Flórida, Estados Unidos.

O aeroporto é administrado pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) – autarquia vinculada à Secreta­ria de Logística e Transporte – e é o quarto maior terminal do estado, atrás apenas de Guaru­lhos, Congonhas e Viracopos. As obras estão orçadas em R$ 88 milhões – R$ 79,2 milhões do Ministério dos Transportes e R$ 8,8 milhões do governo estadual. Incluem a ampliação e moderni­zação do terminal de passageiros e da pista de pouso e do pátio de aeronaves, obras que permitirão voos internacionais de cargas, com pousos e decolagens de aviões de porte superior aos que hoje operam no Leite Lopes.

Atualmente o Leite Lopes opera voos da aviação geral (exe­cutiva) e regulares de empresas aéreas como Latam, Passaredo e Azul, que operam aeronaves como o Airbus A320, E195, E 190, ATR 72. O pacote de obras contempla a ampliação e refor­ma do terminal de passageiros, que passará de quatro mil m² para 12 mil m², da seção contra incêndio, de 600 m² para 930m², recapeamento dos sistemas de pistas de pouso e decolagem, ampliação em 30 mil m² do pá­tio de aeronaves e implantação de “turnaround” (área de giro de aeronaves) nas cabeceiras.

Segundo dados do Daesp, o movimento em 2017 no Leite Lo­pes foi o pior em sete anos, com 867.544 pessoas. Em comparação com 2016, quando 922.756 pas­sageiros embarcaram ou desem­barcaram no aeroporto de Ribei­rão Preto, a queda chega perto de 6%, com 55.212 pessoas a menos. Com exceção de 2010 – quando o movimento caiu porque o aero­porto ficou fechado para obras –, o número também é inferior ao de anos anteriores desde 2011, quan­do 1.114.415 pessoas passaram pelo terminal, ainda assim um dos mais movimentados do interior paulista. A queda foi de 22,1%, com 246.871 passageiros a menos.

Anota da Infraero diz que “a antiga torre de controle de Ribei­rão Preto foi demolida em 2013. Em 2011, foram identificados danos estruturais na edificação, causados por deformações nas camadas de solo onde estava a estrutura. Por segurança, o efe­tivo local foi transferido para a estrutura em uso atualmente”.

E prossegue: “No momento, a Infraero realiza inventário dos serviços de construção já execu­tados da nova torre de controle, com objetivo de iniciar novo processo licitatório para retoma­da da obra. O processo depende também da liberação de recur­sos. Cabe ressaltar que serviços de controle de tráfego aéreo são prestados em local aprovado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), e que as instalações e atividades estão de acordo com as normas de se­gurança do tráfego aéreo”.

 

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