Por Ricardo Leopoldo, enviado especial
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, destacou que antes do combate à corrupção empreendida pela Operação Lava Jato a “lei no Brasil atingia pessoas mais simples e não quem cometida crise do colarinho branco.” A declaração foi feita nesta sexta-feira, 8, durante palestra em Washington, EUA.
Na avaliação de Barroso, “foi crucial a decisão de prisão de suspeitos após condenação de segunda instância”, pois isso gerou um ambiente que contribuiu para o fim da percepção de impunidade por quem comete crimes. O ministro afirmou que o combate à corrupção no Brasil ocorre dentro da democracia. “A política é um meio básico da sociedade, que precisa ser melhorada”, comentou.
Para Barroso, “talvez nenhum outro país teve coragem em expor suas dificuldades como o Brasil”, especialmente no combate à corrupção. “Muitas pessoas que foram responsabilizadas por crimes combatem tal decisão. Muitas destas pessoas são poderosas e têm aliados. Não querem ser honestas”, apontou.
O ministro destacou que para um segmento de pessoas a corrupção é vista de forma subjetiva. “A corrupção de quem eu gosto é diferente da cometida por alguém que eu não gosto”, apontou.