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Lei de Diretrizes Orçamentárias – Câmara aprova redação final

A Câmara de Vereadores aprovou nesta quinta-feira, 21 de junho, em segunda discus­são, a redação final da Lei de Di­retrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, que prevê recorde de arrecadação com valor estima­do em R$ 3,247 bilhões. Os 27 parlamentares apresentaram 234 emendas ao texto original, mas uma, de número 68, foi retirada pelo autor, Jorge Para­da (PT), no dia 14. O projeto passou com 233 propostas, mas a maioria deve ser vetada pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) por criarem despesas ao Executivo – muitas nem citam a fonte dos recursos.

Foram 23 votos favoráveis contra nenhum contra. Quatro vereadores não votaram – Mau­rício Gasparini (PSDB) e Renato Zucoloto (PP) não comparece­ram, mas apresentaram atesta­dos médicos, o presidente Igor Oliveira (MDB) só vota em caso de desempate e Paulo Modas (PROS) não participou. Pela primeira vez na história da cida­de, que completou 162 anos na úlima terça-feira, 19 de junho, a previsão de receita consolidada passa de R$ 3 bilhões. A propos­ta prevê arrecadação de R$ 3,247 bilhões. Do valor total, R$ 2,385 bilhões são da administração direta (73,45%) e R$ 861,18 mi­lhões da indireta (26,55%) – au­tarquias, empresas de economia mista e fundações.

O governo Duarte Nogueira Júnior projeta economia fiscal de R$ 110 milhões e uma redução da dívida consolidada líquida de R$ 20 milhões. A estimativa de transferência para a Câmara em 2019 é de R$ 69,13 milhões, R$ 350 mil a menos que os R$ 69,48 milhões previstos para este ano. Mesmo assim, é mais do que o dobro do gasto estimado com a Guarda Civil Municipal (GCM), de R$ 30 milhões.

Para este ano, segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada em dezembro de 2017, a prefeitura terá, no total, incluin­do autarquias, fundações e em­presas de economia mista, cerca de R$ 2,992 bilhões, 3,5% acima da peça superestimada aprovada pelo Legislativo para 2017, de R$ 2,891 bilhões, aporte de R$ 101 milhões. São R$ 2,242 bilhões para a administração direta e R$ 742,37 milhões para a indireta.

Em setembro do ano passa­do, a Câmara de Ribeirão Preto acatou o veto parcial do prefei­to Duarte Nogueira Júnior ao projeto da LDO de 2018. Ape­nas sete das 173 emendas apre­sentadas pelos vereadores não foram vetadas. Na justificativa do tucano, o texto destaca que as propostas parlamentares im­plicariam em despesas de R$ 135,29 milhões, ou 5% da receita consolidada total para o ano de 2018. O prefeito também vetou 444 emendas apresentadas por vereadores à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018. Das 446 sugestões dos parlamentares, apenas uma foi sancionada. As propostas elevariam a despesa da prefeitura em 26%, com gasto extra de R$ 795,56 milhões.

Nicola Tornatore
Depois da sessão extraor­dinária de ontem, no início da sessão ordinária, o presidente da Câmara, Igor Oliveira (MDB), pediu um minuto de silêncio em respeito ao jornalista e historia­dor Nicola Tornatore, autor de nove livros e editor do caderno “Política” deste Tribuna, que em 15 de junho morreu vítima de enfarte, aos 52 anos.

Alguns números do orçamento municipal
LDO de 2019
Receita total: R$ 3,247 bilhões
Administração direta: R$ 2,385 bilhões (73,45%)
Administração indireta: R$ 861,18 milhões (26,55%)
LOA de 2018
Receita total: R$ 2,992 bilhões
Administração direta: R$ 2,242 bilhões (74,93%)
Administração indireta: R$ 742,37 milhões (25,07%)

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