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Legislativo vai aguardar laudo

Na tarde desta segunda­-feira, 8 de janeiro, os vereadores que compõem a Mesa Diretora da Câmara de Ribeirão Preto compareceram á sede do Mi­nistério Público Estadual (MPE) para uma audiência com o pro­motor da Cidadania, Sebastião Sergio da Silveira. Eles conversa­ram sobre o prédio anexo do Le­gislativo, o popular ”puxadinho”.

A intenção dos parlamenta­res foi mostrar ao MPE quais as ações desenvolvidas até agora na intenção de retomar as obras que estão paradas desde 2015. Na semana passada, eles estiveram reunidos com representantes da Cedro Construtora, vencedora da licitação e responsável pela obra. Os executivos pediram prazo para apresentar nova proposta.

O promotor recomendou aos parlamentares que aguardem o laudo do Centro de Apoio a Exe­cuções (CAEx), órgão do MPE criado em 2008 e que oferece su­porte técnico-operacional e servi­ços de informação e inteligência às promotorias e à Procuradoria­-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, com o objetivo de melho­rar a “performance” do Ministério Público no cumprimento de sua missão constitucional. A expecta­tiva é que o parecer seja concluído até o final deste mês.

Isso porque a construtora responsável e também a Comis­são Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o caso e pediu a rescisão unilateral do contrato apresentaram laudos distintos. Ainda não há um con­senso sobre qual seria o mais correto. O próximo passo será ouvir o parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Uma reunião deve ser marcada para os próximos dias.

Para o presidente da Câmara, Igor Oliveira (PMDB), a reunião foi fundamental para a continui­dade dos trabalhos. “Já havíamos programado essa visita ao Minis­tério Público. Pudemos expor ao promotor todos os nossos passos até o momento. Queremos dar o máximo de transparência e legalidade à retomada do prédio anexo”, afirma.

Também participaram da reu­nião o segundo vice Alessandro Maraca (PMDB), o primeiro se­cretário Lincoln Fernandes (PDT) e o segundo Fabiano Guimarães (DEM). O primeiro vice-presi­dente da Câmara, Orlando Pesoti (PDT), não pôde comparecer. A meta da nova Mesa Diretora é inaugurar o “puxadinho” até julho, mas isso vai depender do MPE.

O prédio já recebeu investi­mentos de R$ 6,4 milhões dos R$ 6,8 milhões previstos no contrato firmado entre a Câmara e a Ce­dro Construtora mas está longe de ficar pronto. A obra motivou a instalação de uma CPI, presidida por Otoniel Lima (PRB) e com re­latoria de Isaac Antunes (PR), que terminou no meio do ano passado com a recomendação expressa de rescisão unilateral do contrato com a vencedora da licitação.

O “puxadinho” foi idealizado pelo ex-presidente Walter Gomes (PTB, preso em Tremembé por causa da Operação Sevandija). O prazo para conclusão da análi­se pelo CAEx seria de 90 dias – a solicitação de um terceiro parecer foi feita em agosto. As obras foram paralisadas no segundo semestre de 2016 – já consumiu 94,1% do valor previsto em contrato e está longe de ser concluída. A Cedro Construtora disse à CPI que só consegue finalizar a intervenção com aporte de R$ 1,7 milhão.

O novo edifício, idealizado em 2015 com prazo de entrega para agosto de 2016, deveria abrigar os gabinetes da presidência, dos dois vices e do primeiro e segundo se­cretários para acomodar no prédio antigo os cinco novos parlamenta­res da atual legislatura – o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na população da cidade, decidiu que Ribeirão Preto deveria ter 27 cadeiras no Legislativo, ao invés das 22 anteriores.

Além de recomendar a resci­são do contrato com a empresa, a CPI pediu encaminhamento de cópias do relatório ao MPE e ao TCE-SP. A Polícia Civil instaurou inquérito para acompanhar o caso, já que há a suspeita de falsificação de assinatura em um documento. A Cedro disse em nota que “segue reafirmando seu compromisso com a conclusão da obra e acredita que a continuidade do contrato é a solução técnico-econômica mais viável para atingir este objetivo”.

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