Tribuna Ribeirão
Política

Legislativo proíbe ‘dança pornográfica’ em escolas

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Câmara de Vereadores aprovou, na sessão destra quin­ta-feira, 20 de maio, o projeto que proíbe a participação de estudantes de até 12 anos in­completos em danças que inci­tem a sexualização precoce. De autoria do pastor Brando Veiga (Republicanos), a proposta bar­ra a realização de “coreografias obscenas, pornográficas ou que incitem a erotização precoce em eventos nas escolas públicas municipais de Ribeirão Preto”.

A proibição, segundo a proposta, atinge as 110 escolas municipais de educação infan­til e de ensino fundamental e as 22 conveniadas. São 82 unidades da Secretaria de Es­tado da Educação na cidade e aproximadamente mais 300 da rede particular. São 47.271 es­tudantes matriculados na rede municipal e mais 47 mil da es­tadual, de todas as idades.

As aulas presenciais na rede municipal estão suspensas em função da pandemia do coro­navÍrus e por decisão judicial sobre o assunto. O projeto foi aprovado por onze votos favoráveis, oito contrários e uma abstenção. Maurício Vila Abranches (PSDB) não parti­cipou da sessão por estar de li­cença médica. O presidente da Câmara, Alessandro Maraca (MDB), só é obrigado a votar em caso de empate.

Segundo o projeto, a proi­bição abrange “a promoção, ensino e permissão de danças, atividades escolares ou ex­tracurriculares, eventos com conteúdo ou movimentos e coreografias com exposição sexual ou erotização”. A inicia­tiva considera pornográfica ou obscena coreografias que alu­dam ou incitem à prática de re­lação sexual ou ato libidinoso.

“Entende-se por erotização infantil e sexualização precoce a prática de exposição prema­tura de conteúdo, estímulos, incitações, coações e compor­tamentos para os alunos que ainda não tenham maturidade suficiente para a compreensão e elaboração de tais condutas”, diz parte do projeto.

De acordo com Brando Veiga, a iniciativa tem respal­do do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As escolas municipais também poderão incluir em seu projeto peda­gógico medidas de conscien­tização, prevenção e combate a exposição de atos obscenos e libidinosos que incitam à eroti­zação infantil.

Quanto à fiscalização o projeto determina que qual­quer pessoa, inclusive pais, curador, tutor ou responsáveis legais, poderão representar a administração pública, Conse­lho Tutelar e até ao Ministério Público quando houver conhe­cimento de atividades conside­radas pornográfica, obscenas ou com ênfase na erotização nas escolas municipais.

Na justificativa do projeto, Brando Veiga afirma que as es­colas têm um papel de “suma importância” na conscientização e construção do ser humano.

Por isso, deve inserir em suas atividades culturais e pe­dagógicos mecanismos que resguardem a fase precoce dos menores impúberes.

“A erotização precoce ocorre quando há a imposição inade­quada de valores sexuais adultos na formação infantil, sendo que tal ato e fato são inadmissíveis e deve se respeitar e preservar o tempo natural da sexualização do educando”, diz parte do texto.

O parlamentar afirma ain­da que as medidas são relativa­mente simples, sem impacto fi­nanceiro, mas podem garantir a incolumidade física, psicológica de uma criança e seu desenvol­vimento e crescimento no que diz respeito à sua sexualidade. A proposta segue agora para san­ção ou veto do prefeito Duarte Nogueira (PSDB).

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