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Legislativo analisa renda emergencial

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Está na pauta da Câmara de Vereadores desta quinta-fei­ra, 11 de março, o projeto de lei que autoriza a criação da renda básica municipal emergencial em Ribeirão Preto. Porém, para ser levada ao plenário a proposta precisa de parecer fa­vorável da Comissão de Cons­tituição e Justiça (CCJ).

Presidida por Isaac An­tunes (PL), a CCJ pode bar­rar o projeto apresentado pelo vereador Ramon Faus­tino (Psol, Coletivo Ramon Todas as Vozes) alegando inconstitucionalidade por criar despesas adicionais ao Executivo. De acordo com a proposta, a origem dos recur­sos seriam dotações próprias e abertura de crédito suple­mentar, se necessário.

Se for aprovado em ple­nário, o projeto de Ramon Faustino seguirá para sanção ou veto do prefeito Duarte Nogueira (PSDB). A proposta propõe um auxilio de R$ 300 à população em situação de vulnerabilidade social. O valor será mensal, pago enquanto durar a situação de emergência e o estado de calamidade pú­blica na cidade.

De acordo com o projeto, os critérios para receber a ren­da são os mesmos do auxílio emergencial do governo fede­ral, estabelecidos no artigo 2º da lei federal nº 13.982/2020. Entre as condições estão a ren­da familiar mensal per capita seja de até meio salário-mí­nimo (R$ 550) ou renda total da família de até três mínimos (R$ 3.300).

Segundo Ramon Faustino, o projeto tem dois objetivos principais. “Com a pandemia, a crise tornou-se sanitária e econômica. O desemprego au­mentou e agravou ainda mais a situação das famílias mais po­bres. Milhares de pessoas estão sem ter como garantir o bási­co em casa, como a alimen­tação, por exemplo. Além disso, há estudos e práticas que comprovam que a renda básica municipal beneficia a economia local, fazendo cir­cular mais recursos na cida­de”, defende o parlamentar.

Ribeirão Preto já estuda a possibilidade de criar uma es­pécie de auxílio emergencial para a população afetada pela pandemia do novo corona­vírus. A proposta é do presi­dente da Câmara, Alessandro Maraca (MDB), e está sendo discutida com o prefeito Du­arte Nogueira. Uma reunião sobre o assunto foi realizada na semana passada.

Pela proposta, os recursos financeiros seriam viabiliza­dos para a prefeitura de Ri­beirão Preto com a devolução antecipada pela Câmara de parte do duodécimo a que ela tem direito. O valor do bene­fício e quais pessoas teriam direito ao benefício ainda não foram definidos.

O repasse de recursos feito pelo Executivo ao Legislativo, chamado de duodécimo, é usa­do para custear todas as despe­sas das câmaras municipais. A partir deste ano, a Casa de Leis de Ribeirão Preto receberá per­centualmente menos recursos do que no ano passado.

No ano passado, os inte­grantes da Mesa Diretora, pre­sidida por Lincoln Fernandes (PDT), que deixou o cargo em 31 de dezembro, decidiu redu­zir o percentual de 4,5% sobre as receitas correntes do muni­cípio a que tem direito consti­tucionalmente para 3,79%.

Com a redução solicita­da pelo Legislativo. o repas­se constitucional previsto na Lei de Diretrizes Orçamen­tárias (LDO) de 2021, de R$ 69.907.999, deverá cair para R$ 65.437.999,00 milhões. A Câmara de Ribeirão Preto de­volveu R$ 23,8 milhões para a Secretaria Municipal da Fa­zenda em 2020.

Em 2019, a devolução foi de R$ 17,7 milhões. Em toda a le­gislatura passada (2017-2020), cerca de R$ 74,9 milhões volta­ram aos cofres da prefeitura de Ribeirão Preto por meio de de­voluções feitas pelo Legislati­vo. Neste ano o custo da Casa com pessoal deve cair, já que o número de vereadores caiu de 27 para 22 – consequen­temente, também há menos gabinetes e assessores.

O pagamento do auxílio emergencial injetou R$ 565,7 milhões em Ribeirão Preto, desde o início da pandemia de coronavírus e até 21 de dezembro, segundo dados do Portal da Transparência do Ministério da Cidadania. Na cidade, 172.400 pessoas fo­ram beneficiadas.

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