O novo caso de brutalidade da polícia norte-americana contra um homem negro e a nota da NBA que anunciou o adiamento dos quatro jogos previstos para a rodada dos playoffs de quarta-feira fizeram o astro LeBron James perder a paciência e abrir “guerra” contra o presidente Donald Trump.
O astro do Los Angeles Lakers escreveu uma nota nas redes sociais na qual pede menos palavras e mais “ação”, além de convocar as pessoas para que votem nas eleições presidenciais de 3 de novembro – voto nos EUA é opcional – em busca de “mudança”, claramente se posicionando contra o atual comandante do país.
“Mudança não acontece apenas com palavras. Acontece com ação e precisa acontecer agora. Crianças e comunidades em todo o país, cabe aos Estados Unidos fazerem a diferença. Juntos. É por isso que o seu voto é mais do que um voto”, disse o maior nome do basquete na atualidade.
Na quarta-feira à noite, LeBron se irritou quando a NBA publicou uma nota, considerando adiados os quatro jogos não disputados à noite entre Milwaukee Bucks x Orlando Magic, Houston Rockets x Oklahoma City Thunder e Los Angeles Lakers x Portland Trail Blazers.
Esta não é a primeira vez que LeBron emite críticas ao presidente Trump. Na semana passada, por exemplo, o jogador foi para o primeiro jogo dos Lakers pelos playoffs vestindo um boné que fazia paródia com o slogan da última campanha do presidente. Usado com frequência por Trump, o boné tinha a frase “Make America Great Again” (Faça a América Grande Novamente), mas com parte do slogan riscado e um complemento, formando a frase “Faça a América prender os policiais que mataram Breonna Taylor”.
A gota d’água que causou toda a revolta de LeBron, que chegou a dizer que vivia aterrorizado em seu país por ser negro, foi violência sofrida pelo negro Jacob Blake, que foi atingido por sete tiros pelas costas, na cidade de Kenosha, no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, por policiais brancos.