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LDO prevê receita de R$ 3,48 bi

FERNANDO GONZAGA/CCS

A prefeitura de Ribeirão Preto prevê queda de 1,3% na arrecadação de impostos pela administração direta em 2021 por causa do cenário econômico e de incertezas provocadas pela pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19. Porém, a receita total estimada para o ano que vem – inclui as 15 se­cretárias, o gabinete do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e a administração indireta (fun­dações, autarquias, empresas e departamentos) – é de R$ 3.481.563.067,00.

A receita total para o ano que vem, segundo a LDO, de R$ 3,48 bilhões, é 2,68% maior do que a previsão orçamentária de 2020, de R$ 3,39 bilhões – R$ 91 milhões a mais –, mas que foi elaborada em 2019, portan­to, sem levar em consideração os efeitos da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. A deste ano 2020 é 4,4% supe­rior ao valor de R$ 3,247 bilhões previsto para este ano, acrésci­mo de R$ 143 milhões.

Os dados foram apresenta­dos em audiência pública por videoconferência realizada na manhã de terça-feira, 14 de abril, a partir do Salão Nobre do Palácio Rio Branco, com a participação do secretário mu­nicipal da Fazenda, Manoel de Jesus Gonçalves, e do secretário adjunto da Casa Civil, Antônio Daas Aboud. Eles também apresentaram a projeção de metas fiscais pessimistas para o exercício de 2021.

O valor da arrecada­ção da administração di­reta estimado para 2021 é de R$ 2.597.843,767,00, ou seja, 1,3% menor que os R$ 2.631.809.611,00 projetados para 2020, corte de R$ 339.658,44. A receita da prefeitura e do gabine­te inclui o Imposto Predial e Ter­ritorial Urbano (IPTU), Impos­to Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS-QN) e o Imposto de Transmissão “Intervivos” de Bens Imóveis (ITBI), além de taxas e serviços.

O prefeito já havia anuncia­do que Ribeirão Preto pode per­der 20% da arrecadação prevista para este ano por causa dos re­flexos da pandemia.

Significa que a cidade pode deixar de arrecadar R$ 682 mi­lhões, dinheiro suficiente para bancar dez folhas de pagamento do funcionalismo municipal, de aproximadamente R$ 63 mi­lhões por mês. A Lei de Diretri­zes Orçamentárias (LOA) prevê receita de aproximadamente R$ 3,41 bilhões para este ano.

A LDO é um instrumento de planejamento do orçamen­to municipal de prerrogativa e iniciativa do Executivo, estabele­cendo um elo entre o Plano Plu­rianual (PPA) e a Lei Orçamen­tária Anual (LOA), definindo o direcionamento de recursos para atividades essenciais cuja interrupção possa vir a prejudi­car a ordem pública. Porém, é na LOA que ficam definidos os percentuais e os valores a que cada secretaria terá direito.

A LDO de 2021 foi protoco­lada na Câmara de Vereadores nesta quarta-feira, 15 de abril, e terá de ser analisada, aprovada e devolvida para o Executivo antes do início do recesso parlamentar do Legislativo, no mês de julho. Após esse período, a prefeitura vai elaborar a LOA, detalhando onde e em quais setores investirá os recursos previstos. O projeto deve ser entregue ao Legislativo até 30 de setembro.

Além da projeção de que­da de receita, outros fatores preocupam a administração municipal para o próximo ano, como o aporte para co­bertura de insuficiências do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM), de R$ 231,23 milhões, e as despesas de caráter continuo e obriga­tório, como gastos com pesso­al e amortização de dívidas.

Entretanto, a prefeitura mantém como metas algu­mas ações nas áreas de Edu­cação, Saúde, Infraestrutura, Obras Públicas, Planejamento e Gestão Pública e Cultura. As demais secretarias são a da Administração, Assistência So­cial, Esportes, Fazenda, Meio Ambiente, Negócios Jurídicos, Turismo, Governo e Casa Civil.

O gabinete, além, das secre­tarias de Governo e Casa Civil, conta ainda com o Fundo Social de Solidariedade, a Coordena­doria de Comunicação Social (CCS), Junta Militar e adminis­trações regionais. Já a adminis­tração indireta é formada pelo Departamento de Água e Esgo­tos (Daerp), Companhia de De­senvolvimento Econômico (Co­derp) e Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp).

Também engloba a Com­panhia Regional Habitacional (Cohab-RP). Fundação Dom Pedro I, Fundação de Formação Tecnológica (Fortec), Fundação Educação para o Trabalho (Fun­det), Guarda Civil Metropoli­tana (GCM), IPM e Serviço de Assistência à Saúde dos Munici­piários (Sassom). A proposta da LDO está disponível no Portal da Transparência da prefeitura de Ribeirão Preto: www.ribeira­opreto.sp.gov.br.

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