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LDO é sancionada com 132 vetos

ALFREDO RISK/ ARQUIVO TRIBUNA

O prefeito Duarte Noguei­ra Júnior (PSDB) sancionou a a Lei de Diretrizes Orçamen­tárias (LDO) de 2020 com apenas cinco emendas par­lamentares, segundo decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM) desta quin­ta-feira, 1º de agosto. Das 144 que foram apresentadas por 14 vereadores e pela Comissão de Finanças Orçamento, Fisca­lização, Controle e Tributária ao projeto original, sete caíram antes da primeira votação na Câmara, em 2 de julho: uma foi retirada pelo autor e seis acabaram prejudicadas – tra­tavam de assuntos já previstos em outras propostas.

O projeto número 85/2019 foi aprovado com 137 emendas, mas o chefe do Executivo vetou 132, ou 96,5% das sugestões aprovadas no início do mês pas­sado, em duas sessões extraor­dinárias, nos dias 2 e 4 de julho. Inicialmente, as 144 propostas originais somavam cerca de R$ 44,92 milhões, uma despesa cor­respondente a 1,32% do valor original apresentado pela Secre­taria Municipal da Fazenda.

Com a retirada de sete, o va­lor caiu para R$ 44,91 milhões, corte de R$ 10 mil. A emenda retirada foi apresentada por Igor Oliveira (MDB) e previa a construção de passarela na rua Barão de Ataliba com o objetivo de integrar o Jardim Emília ao Jardim Zaneti, no distrito de Bonfim Paulista. Os três parla­mentares com mais propostas são Jean Corauci (PDT, com 43), Alessandro Maraca (MDB, com 30) e Otoniel Lima (PRB, que totalizou 16).

Já os que propuseram mais remanejamento de valores fo­ram Otoniel Lima (R$ 18,33 mi­lhões, mas uma no valor de R$ 10 mil foi prejudicada), Alessan­dro Maraca (R$ 8,33 milhões) e Igor Oliveira (MDB, com R$ 5,1 milhões). Em 4 de setembro do ano passado, a Câmara de Ribei­rão Preto acatou os vetos do pre­feito a 230 propostas apresenta­das por vereadores à LDO deste ano, aprovada pelo Legislativo em 14 e 21 de junho.

A maioria das propostas foi barrada pelo tucano, segundo publicação no Diário Oficial do Município (DOM) de 18 de ju­lho de 2018. Duarte Nogueira vetou 98,7% das emendas par­lamentares e sancionou a LDO “parcialmente”. De um total de 234 propostas, 230 foram retira­das do texto – três foram sancio­nadas e uma já havia sido extra­ída pelo autor antes da votação. As sugestões apresentadas pelo Legislativo somavam R$ 399,42 milhões, 12,3% da receita esti­mada, de R$ 3,247 bilhões.

Segundo a prefeitura de Ribeirão Preto, a receita total estimada para 2020 é recorde e chega a R$ 3,390 bilhões, 4,4% superior ao valor de R$ 3,247 bilhões previsto para este ano, acréscimo de R$ 143 milhões. O projeto passou por unanimida­de – 26 votos a favor, o presiden­te Lincoln Fernandes (PDT) não é obrigado a votar se não houver empate. De acordo com a previ­são da Secretaria Municipal da Fazenda, a receita da adminis­tração direta estimada para 2020 é de R$ 2,569 bilhões, cerca de 7,7% acima dos R$ 2,385 bilhões de 2019, aporte de aproximada­mente R$ 184 milhões.

Representa cerca de 75,8% da previsão total de arrecadação. Depois de descontadas as trans­ferências obrigatórias, incluindo o repasse de R$ 300 milhões ao Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM) e cerca de R$ 73,11 milhões da Câmara de Vereadores, além dos valores vinculados, a receita líquida da administração direta a ser alo­cada entre as secretarias munici­pais é de R$ 1,155 bilhão.

Para 2021, a Fazenda pro­jeta receita de R$ 2,606 bilhões para a prefeitura, alta de 1,42% em relação ao montante previs­to para o ano que vem, acrés­cimo de aproximadamente R$ 37 milhões. Na LDO de 2019, pela primeira vez em 162 anos de história da cidade, a previsão de receita consolidada passou de R$ 3 bilhões. O grande desafio do município é discutir me­tas fiscais para viabilizar novas ações e realizações no próximo ano, como a construção de esco­las, ampliação dos atendimentos em saúde, recapeamento asfálti­co entre outros.

A LDO é um instrumento de planejamento do orçamen­to municipal de prerrogativa e iniciativa do Executivo, estabele­cendo um elo entre o Plano Plu­rianual (PPA) e a Lei Orçamen­tária Anual (LOA), definindo o direcionamento de recursos para atividades essenciais cuja interrupção possa vir a prejudi­car a ordem pública.

Em 7 de março, a Câmara acatou o veto do prefeito a 283 das 284 emendas apresentadas por vereadores e pela Comissão de Finanças à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019, ou 99,6% do total – apenas uma foi apro­vada. As propostas apresentadas por 14 parlamentares e pela co­missão somavam cerca de R$ 159,94 milhões, o correspon­dente a 5% do total da receita es­timada na LOA deste ano, de R$ 3,173 bilhões – o maior valor da história de Ribeirão Preto.


As emendas por vereador
Jean Corauci (PDT) – 41
Alessandro Maraca (MDB) – 30
Valor total: R$ 8,33 milhões
Otoniel Lima (PRB) – 15
Valor total: R$ 18,32 milhões
Jorge Parada (PT) – 11
Valor total: R$ 3,56 milhões
Orlando Pesoti (PDT) – 11
Valor total: R$ 3,954 milhões
Igor Oliveira (MDB) – 08
Valor total: R$ 5,1 milhões
Paulinho Pereira (PPS) – 03
Valor Total: R$ 1,2 milhão
Marcos Papa (Rede) – 03
Comissão de Finanças – 04
Valor total: R$ 2,7 milhões
Fabiano Guimarães(DEM) – 04
Renato Zucoloto (PP) – 03
Valor total: R$ 1,25 milhão
Luciano Maga ( PDT) – 02
Valor total: R$ 500 mil
Glaucia Berenice (PSDB) – 01
Rodrigo Simões (PDT) – 01
Total de emendas: 137
Emendas vetadas: 132
Total em valores:
R$ 44.914.000,00
Obs.: as emendas de alguns vereadores não têm os valores definidos e algumas não oneram o orçamento

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