Tribuna Ribeirão
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Larga Brasa

Fugiu com a noiva na hora de ir para o altar
Em uma cidade da região dois adolescentes começaram um namoro. Estudavam juntos na escola onde todos se conhe­ciam e era uma voz única que a menina e o garoto nasceram um para o outro, tamanha a afinidade que demonstravam. Famílias conhecidas e respeitadas sempre estavam juntas nas horas boas e nas mais difíceis. O relacionamento era de bate papo após o jantar, com cadeiras às portas das casas, onde comentavam os assuntos do dia noticiados pelo “Repór­ter Esso” da Radio Nacional, do Rio de Janeiro. Não faltavam os comentários sobre a novela “O Direito de Nascer”, com o sentimentalismo da “Mamãe Dolores” e sobre o futuro de “Al­bertinho Limonta”. Os meninos, como diziam seus familiares estavam “tirando uma linha”, no dizer de antigamente era o momento que antecedia a um namoro.

Vida coligada
Os jovenzinhos estudavam juntos, passeavam unidos, viviam às festas, chamadas brincadeiras dançantes com os colegas da escola e também tomavam a famosa Cuba Libre, que era rum com coca cola, dos inocentes tempos. E assim cresceram e precisaram ir para a cidade grande próxima para graduação su­perior. Na pequena localidade não havia faculdade. Namorando e vivendo os tempos da juventude se formaram e resolveram se casar. As famílias se mobilizaram e arrumaram a mobília, as roupas e até uma casa com usufruto dos noivinhos.
Casamento marcado com editais correndo pelas igrejas da paróquia, todos da vizinhança se preparavam para a festa, que deveria ser de “arromba”, pois as famílias tinham posses. Era um diz-que-me-disse só com os preparativos do dia do casó­rio. Igreja enfeitada de flores, noivinhos para dar um “up” na cerimônia. O noivo estava enrubescido pelas doses de caipi­rosca que lhe haviam dado na “despedida de solteiro”. A lua de mel seria em Poços de Caldas, onde as comadres diziam, escondendo os lábios, que era o local conhecido como “cemi­tério das virgindades”.
Tudo pronto: A cantora lírica da igreja preparada, o órgão en­saiando os acordes da marcha nupcial e o noivo entra pela porta lateral e se posta à frente do altar mor. Passam-se as horas e , nada… Todos preocupados com o chopp que estava esquentando no clube onde seria a festa. Cadê a noiva? Onde estaria aquela jovem que sempre vivenciou o jovem e suas vi­tórias, tornando-o um vencedor? Nada!

Enigma decifrado
A igreja inteira em expectativa. O padre com o lançador de água benta na mão esquerda e na direita com o roteiro da ce­rimônia aguardava cansado o aparecimento da noiva. Eis que, de repente, não mais que de repente, entra a mãe da prometi­da e fala alto e bom som: ela desapareceu… Murmúrio geral. As comadres de plantão falavam alto e sempre com a frase: -“Não lhe falei…”! E assim foi, sem que se soubesse os mo­tivos daquela guinada da garota sempre exemplo. Nada se soube até que um rapaz que ficava em cima de uma porteira à beira da estrada avisou que havia visto um carro vermelho, que seria importado, com capota levantada, levando a jovem e um rapaz desconhecido nas redondezas. O noivo ficou sem saber o que fazer! Desiludido da vida! Anos mais tarde foram encontrar a jovem no Rio de Janeiro, sendo explorada por um ‘cafetão’ em uma conhecida casa da ‘luz vermelha’. O explora­dor foi quem lhe roubou o coração na hora de ir para o altar. A família consegui retirá-la das garras do bandido que a manti­nha sob ameaças na ex-capital federal. Meninos, eu vi.

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