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O Rádio salvou minha vida
Pelos idos de 1974 o Rádio fazia um trabalho social virtual, reu­nindo famílias, atendendo a necessidades emergenciais com campanhas solidárias, apelos para localização de pessoas desa­parecidas, anúncios fúnebres e orientando a população sobre ca­tástrofes, como enchentes, coadjuvando aos Bombeiros, Polícia Militar e socorros de urgência. O Rádio era o elo das pessoas de todas as classes sociais. Ainda as famílias tinham o costume de ouvir as notícias pelas ondas hertzianas e depois se sen­tavam às portas de suas residências e comentavam com os vizinhos os acontecimentos do dia. Estas pessoas recebiam orientação sobre saúde através de entrevistas com especialis­tas que procuravam fazer um trabalho social que muitas vezes não era feito pelas autoridades do setor.

Entrevista sobre diabetes
Uma emissora local fez uma ampla exposição a respeito do dia­betes. A doença afetava muitas pessoas que sofriam as conse­quências da alta glicemia e não sabiam as razões e nem como diminuir os efeitos. Um médico foi chamado para falar sobre do­enças cardíacas, renais, hepáticas e principalmente diabetes. Ele explicou didaticamente o que a pessoa diabética tinha de conse­quência e os sinais que referida doença silenciosa apresentava. Falava sobre a boca seca, de feridas que se fechavam dificilmen­te, de muitas idas ao banheiro para urinar, etc. Não se falava qua­se nisso como o fazem hoje na televisão e nem se contava com a internet e nem de outros instrumentos da informática.

Rádio salvou
Há alguns dias fomos procurados por um cidadão, ouvinte da emissora que fazia a campanha educativa em 1974 dizendo que o programa havia salvado sua vida. Disse que trabalhava em uma usina da região, cujos trabalhadores fizeram exames de sangue. O médico que prestava serviços na empresa o chamou depois de os resultados chegarem do laboratório e disse que ele precisava ir urgente ao posto de saúde e pegar insulina, pois os padrões de glicemia aferidos em seu sangue estavam altíssimos e ele pode­ria sofrer consequências graves. Por questões de outros afazeres ele não pode ir ao posto. Ele se encontrou com outro médico da usina e comentou sobre sua situação, mas argumentou que ele achava que não estava com diabetes e não precisaria tomar in­sulina. Afirmou que ele havia ouvido uma reportagem com um médico que havia dado os sinais da doença e ele garantia que não tinha nenhum deles. O médico amigo ficou meio incrédulo e como era muito prestativo colocou o trabalhador em seu carro e vieram a Ribeirão Preto em um conceituado laboratório. Feito o exame constatou-se que o homem simples da roça estava com a razão. Os índices glicêmicos estavam normalíssimos e que se ele tivesse tomado a insulina, por certo poderia ter morrido por redução dos índices de açúcar no organismo.

Procurou o radialista
Depois de se aposentar procurou o radialista para agradecê-lo, pois o médico amigo garantiu que se ele não tivesse tido a cau­tela de não tomar o remédio e na quantidade prescrita na receita, ele poderia ter perdido a vida. Coisas que o sistema de rádio rea­lizou em prol da comunidade durante muitos anos. Hoje a FM e a TV continuam fazendo este trabalho educativo.

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