A história do Curupira
Durante muito tempo uma pavimentadora explorou uma pedreira situada na região do córrego dos Catetos, que depois passou a ser parte de um bairro nobre da cidade: Ribeirânia. Vários condomínios foram construídos na região e ficou abandonada a área da pedreira que ajudou a construir o progresso da cidade. A pedreira era uma parte de uma grande área, parte de uma preserva natural nunca valorizada e sempre abandonada recebendo lixo e outros entulhos, até depois que a avenida em que ela se encontrava passou a ser a Costábile Romano. Os vizinhos se preocupavam com as festas que jovens embalados faziam perigosamente nos precipícios dos grotões formados pela retirada do basalto. Isso porque, vários acidentes foram registrados, alguns com mortes de jovens, na mata.
Mudanças de objetivos
Os vizinhos começaram a notar movimentação de máquinas e ouviram dizer que toda a área serviria para a construção de setenta espigões para exploração imobiliária por uma incorporadora e por construtora que tinha as bênçãos de repasses dos grandes conglomerados econômicos e governamentais. Procuraram a reportagem e mostraram fotos e de alguns estragos que já haviam sido feitos, pedindo a interferência de um repórter que era vereador. A primeira medida, após estudos, foi a da elaboração de um projeto de lei criando a área de preserva, impedindo que se cortasse uma árvore sequer. Algumas entidades foram convidadas a participar do levantamento de árvore por árvore, cadastrando-as e etiquetando uma por uma fazendo um rol da preserva do meio ambiente. Os “investidores” avançavam para que, antes que se pudesse fazer algo que impedisse a realização do planejamento tudo estaria aprovado e começando a construção. Aprovada a “Reserva Ambiental” passou-se a trabalhar na constituição do parque, atropelando alguns setores que não tinham preocupação ambientalista. Mas o vereador conseguiu até o impossível que foi a aprovação do Parque Curupira, este o seu nome original, mesmo havendo a possibilidade de embargos pelo tal de “vício de iniciativa”. O prefeito da época deu a autoria do parque para o edil, reconhecendo sua autoria e dos vizinhos e aprovou a lei. Depois de muito tempo, diante da pressão popular foi realizada concorrência para a construção do parque que depois teve o acréscimo nome de Luiz Roberto Jábali.
Pressão contrária
Na época houve pressão contraria dos investidores e também de caçadores que não admitiam que o parque tivesse o nome de “Curupira” que eles diziam proteger aos animais das florestas e que a figura lendária possuía os pés virados para trás para não deixar rastros para os que queriam matar os animais. Por fim venceu o bom senso e o parque foi construído maravilhosamente bem. Esta a história do Parque Curupira. Meninos eu vi e ajudei.