O maquinista colocou carvão no bolso
Jovem repórter, em meio ao turbilhão de um movimento de 1964, corria de um lado para outro para cobrir todos os acontecimentos, na medida do possível. O jornalista de 21 anos conseguiu através de um contato com a Embaixada dos Estados Unidos uma entrevista com o então poderoso embaixador Lincoln Gordon que concentrava as atenções do mundo político dialogando com as vertentes da esquerda e da direita, embora se declarasse totalmente contra os movimentos da “sinistra”.
Simples
Com uma roupa simples, com paletó e gravata como era o traje obrigatório da época comparecemos à Embaixada dos EUA e logo vimos os fuzileiros navais montando guarda no prédio e em todas as repartições da representação dos Estados Unidos.
Carteirada
Mostramos a carteira da PRA 7 e, como havíamos marcado, passamos para a sala de espera, onde se encontravam os governadores Carlos Lacerda, do Rio de Janeiro, e Magalhães Pinto, de Minas Gerais. Não esperamos muito, após as audiências especiais logo fomos colocado na sala do risonho funcionário americano.
Ex-Capital do Café
Ele nos perguntou como estava a nossa quente Ribeirão Preto. Informamos que continuava da mesma forma e tecemos elogios ao nosso chope e ao café, éramos considerados a “Capital do Café”. Em seu português misturado ao inglês, disse que não éramos mais a Capital do Café, era Londrina (PR). Eles haviam financiado uma grande rodovia para Paranaguá para fugir das “amarrações” do Porto de Santos. (continua)