Bilhões tungados do povo
A Operação “Monte Cristo”, que combate sonegação de impostos em medicamentos, mostra o volume do roubo que retira do povo mais simples o direito ao medicamento e à vida, e passa para as mãos de gente que usufrui dos lucros de operações fraudulentas com prostituição, carrões de luxo, imóveis cinematográficos etc. Duas empresas distribuidoras de medicamentos de Ribeirão Preto e outras da região estão sendo investigadas.
Lavagem de dinheiro
A lavagem de dinheiro envolvendo medicamentos sempre foi uma constante. É uma verdadeira dança do “gato e do rato” para desviar o dinheiro de tributos e onerar os valores cobrados pelas farmácias e drogarias, que são o último elo da corrente, também vítimas. Há muito mais a se investigar, como, por exemplo, algumas denúncias sobre sobreposição de datas de vencimento dos medicamentos, cobrindo-se ou apagando-se a data em que os remédios expiram.
Especialista
Um especialista em “lavagem de dinheiro” que tem suas sentenças mantidas pelos altos tribunais, penalizando quem lava dinheiro e desvia recursos, é o juiz Augusto Martinez Perez. Figura ímpar da Justiça Federal de Ribeirão Preto, é uma referência no julgamento de tais casos. Podem ter certeza de que a Justiça será feita.
Quebrar patentes
Certa feita, um ministro da Saúde resolveu bancar o “Dom Quixote” e investiu contra as patentes de laboratórios que cobravam absurdos por seus produtos, deixando muitas pessoas sem recursos à beira da morte por falta de condições de comprar “o direito à vida”. Patentes de medicamentos foram “quebradas” e os preços despencaram. Só para dar um exemplo: “bissulfato de clopidrogel”, remédio para vítimas de enfarto, para evitar trombos na corrente sanguínea, custava R$ 400 uma caixa com 28 comprimidos”. Depois da quebra da patente esta sendo comercializado por R$ 18 a R$ 25.