Tiro no pé
Alguns dos vereadores que disputam uma das 22 vagas na Câmara de Ribeirão Preto, diante da pandemia e das condições de concorrência dentre mais de 560 candidatos, têm confessado que o Legislativo “deu um tiro no pé”. Com mais cinco vagas, permanecendo com 27 cadeiras, o quociente eleitoral, a divisão dos votos válidos pelas vagas anteriores, oferecia melhores condições para todos, novos e veteranos. Atualmente, com 22 parlamentares, diante de um quadro indefinido das condições da pandemia, poucos têm certeza do número de votos necessários e citam dificuldades de contato com eleitores.
Agravante
Por mais que as autoridades médicas garantam que está havendo baixa na curva da incidência da transmissão da covid-19 (e não é o que se constata), poucos terão a coragem de enfrentar filas, dificuldades de locomoção (transporte coletivo com deficiências) e exposição para contágios. Mesmo com garantias de que tomarão as “devidas e enérgicas providências para garantir o sacrossanto direito do voto”. Alguns (erradamente) têm sopesado todos os aspectos negativos para não votar, além do diminuto valor da multa que não chega a R$ 4. Poderemos ter abstenção recorde.
Cadê a fiscalização?
Funcionários da Transerp e do transporte coletivo garantem que a assepsia dos coletivos não tem sido feita com esmero e profundidade como deveria ser executada. Nos países mais desenvolvidos, com o retorno das contaminações e curvas ascendentes, já detectaram que no transporte coletivo urbano está o foco da transmissão do vírus. Os governos de Espanha, Inglaterra, Itália etc. têm determinado uma higiene mais acentuada. Até quando a fiscalização da Transerp ficará a reboque dos executores do serviço?.
Julgamento
O Supremo Tribunal Federal adiou para terça-feira (6) o julgamento da ação que vai definir se a Transerp e outras empresas de economia mista têm competência para aplicar multas de trânsito. Estamos acompanhando.