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Larga Brasa

Crossbar ou Pentaconta?
O Daerp assumiu os serviços de água, esgoto e telefonia da cidade. Funcionava o setor telefônico na esquina da Américo Brasiliense com Álvares Cabral. O sistema dos equipamentos era da Ericsson, europeu, conhecido como Crossbar, perfeito. No entanto, para ampliação do sistema de telefonia e moder­nidade do funcionamento a administração resolveu fazer uma licitação para a qual duas empresas participaram do certame: uma apresentava o equipamento Pentaconta da Standard Ele­tric S/A (Sesa) e outra da Europa.

Impasse
Houve um impasse muito grande com acusações do apare­cimento de uma figura denominada “homem da capa preta” e com uma série de acusações de ambas as partes. Um en­genheiro muito competente deu parecer garantindo que os dois sistemas não se acoplavam e que teríamos problemas futuros. A Sesa oferecia o PC 1000 e garantia que esse era o futuro. Licitação conturbada realizada, ganhou a empresa norte-americana, antecedendo a criação da Ceterp, que teve grande empréstimo de empresa financeira estatal a Banesta­do. Foram R$ 15 milhões, à época um volume significativo. Pouca gente sabe desta polêmica que deixou muita gente sem dormir. Ganhou Pentaconta, portanto.

Canos deram ‘o cano’
Um vereador batalhador que era pouco letrado, pois fora for­jado no trabalho, na Vila Virgínia, lutava para a colocação da rede de esgoto naquele bairro, que sempre às vésperas das eleições recebia promessas dos candidatos de que o proble­ma seria resolvido. O bairro tinha poços sanitários para seus banheiros com os problemas decorrentes. Certa feita, um pre­feito com mandato “tampão”, eleito pela Câmara, havia garan­tido que o esgoto naquele bairro estava pronto. Ele foi às ruas da Vila Virgínia e as abriu em pontos chaves para demonstrar que não havia canos. O pessoal brincava que os “canos ha­viam dado os canos”. A briga foi séria com o vereador, pedindo audiência para o prefeito para demonstrar a mentira, mas o alcaide se esquivou. O vereador era Horácio Pessini, de sau­dosa memória.

Poços cesarianos
A cidade crescia e com a ampliação de sua área urbana neces­sitava mais redes de água e esgoto e de outros equipamentos comunitários. O prefeito também era uma pessoa simples e sua família mais simples ainda. Não havia internet e mui­to menos outros meios de comunicação. Para transmitir ao povo as mudanças os irmãos saiam para os bares nos bairros mais distantes para contar as novidades. Entre uma cerveji­nha e outra, contavam que o irmão prefeito estava fazendo. Sem muita técnica ou noção das inovações afirmavam que o prefeito estava construindo muitos “poços cesarianos”. Como não havia internet e nem Google todos procuravam nos dicio­nários , o Aurélio (principalmente) o que seriam poços cesaria­nos. Encontravam a expressão correta poços artesianos, que eram os do abastecimento de água.

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