Aumentos acima da inflação
Os serviços do setor público não estão se adequando à situação da pandemia, que envolve todas as famílias. Nas rodovias, o reajuste do pedágio começa a valer em novembro, ainda com desemprego e da desestruturação financeira da maior parte da população. As autorizações são liberadas sem a menor cerimônia. O mesmo acontece com o setor de energia elétrica, em que a majoração autorizada pela Aneel ultrapassa aos 6%. Então, como bancar essas despesas complementares sem que o trabalhador seja remunerado da mesma forma de antes do coronavírus ou mesmo com a onde de mudanças na relação de trabalho autorizada pelos setores oficiais – desemprego, corte salarial, redução de horas etc.?
Perdemos postos de trabalho
As aferições do mercado laboral constatam que houve uma perda significativa de postos de trabalho. Ainda teremos de enfrentar um longo caminho até ajustar a situação financeira com a realidade. Os “auxílios emergenciais” não suprirão a defasagem das famílias. A ajuda do governo é para alimentação e remédios. Para mais, não tem condições.
Feijão duro de engolir
Algumas mães que foram buscar as “cestas” oferecidas pelo setor público reclamam da quantidade de tais doações e da qualidade do feijão. Garantem que receberam apenas um quilo de arroz, açúcar e feijão, além de um litro de óleo. Dizem que o feijão é difícil de cozinhar. A qualidade é questionada. Seria bom verificar se o produto foi doado ou se foi comprado. Neste caso, que seja feita a troca por um produto consumível.
Molho mais caro do que o peixe
Muitos empresários com débitos em entidades financeiras reclamam das dificuldades para pagar suas pendências. Após se sacrificarem para fechar acordos de longo prazo, quando chegam aos cartórios descobrem que há valores altíssimos “para limpar o nome”. Fica mais caro pagar tais débitos do que os valores principais acordados. No linguajar popular: “Fica mais caro o molho do que o peixe”.