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O marido de Dilma
O falecido marido da ex-presidente Dilma Roussef era um mi­litante de esquerda, sempre ligado ao ex-governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. Era bonachão e sempre pronto a conseguir estratégias para atingir aos seus objetivos políti­cos. Boa praça, sempre pronto a auxiliar aos amigos, se dizia perseguido pelos detentores do poder na Revolução de 64 ou como ele gostava de adjetivar, o “Movimento de Golpe”. Em um curso que participou na Alemanha, patrocinado pela Fun­dação Germânica para os Países em Desenvolvimento ele era um dos mais interessados nas novas práticas do Direito Admi­nistrativo e dos métodos para organizar e administrar as co­munidades. Era entusiasmado na participação das aulas com grandes mestres daquele país e nos painéis que se seguiam para delinear o futuro dos prefeitos e vereadores com as pe­culiaridades de cada país e cidade.

Dilma era chefe de gabinete
A sua esposa Dilma Roussef era a responsável pela chefia de seu gabinete como deputado em Porto Alegre, afiliada à época no PDT de Brizola. Ele precisou conseguir driblar aos que tenta­vam impedir sua candidatura e os meios normais de divulgação do seu nome nas eleições estaduais do Rio Grande do Sul. Com todo o aparato para consumir o chimarrão, ele levava a água quente em garrafa térmica e o mate em bolsa especial. Passava a “cuia” de mão em mão, enquanto contava histórias e estó­rias de suas campanhas e perseguições. Uma delas era sobre as eleições em que havia se candidatar a deputado estadual e que não conseguia se utilizar do horário eleitoral das emissoras de rádio e de TV no seu Estado. Os dirigentes partidários lhe afirmavam que os órgãos de repressão faziam marcação cer­rada sobre os veículos para que não lhe oferecessem espaço. Os riograndenses se utilizam das proximidades do Uruguai para compras e para viagens e até para refúgio. Brasileiros aqui per­seguidos eram abrigados por aquele país. Em uma cidade bem próxima da fronteira, Artigas, sempre se cultivou uma ligação bem próxima com os moradores daquela região. Carlos Franklin Araújo, visando sua eleição e proibido de em nosso país fazer sua campanha, comprou um horário na rádio daquela cidade e transmitia os seus programas políticos do Uruguai, abrangendo o Rio Grande do Sul. E ele era candente em suas alocuções. A cada dia conseguia mais correligionários.

Itamarati criou caso internacional
Os que ele denominava de “poderosos” criaram um caso de abrangência internacional. Legalmente nada podia ser feito para impedir as suas transmissões uruguaias. Os represen­tantes do Brasil, segundo ele, embaixador e toda a equipe do Itamarati pressionaram o governo uruguaio e impediram suas irradiações que ultrapassavam as fronteiras. Ondas hertzia­nas não possuem barreiras. Mas ele foi eleito. Depois Dilma e Carlos Franklin Araújo se divorciaram e legaram uma filha.

Na pizzaria La Luna
Em uma pizzaria em Berlin, La Luna, nas noites gélidas do in­verno alemão, ele contava seus casos e “causos” com o copo de vinho do Reno e com os seus equipamentos para fazer o chimarrão conforme a tradição “gaúcha”. A despeito de qual­quer ideologia ou posicionamento político, trouxe uma boa impressão do ser humano que era Araújo com que ficamos mais de dois meses aprendendo com os competentes ale­mães. Faleceu há alguns anos em Porto Alegre.

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