Corrente da infelicidade
As medidas definidas pelos governos federal, estaduais e municipais visando rearticular o comércio, a indústria e a população pelos momentos difíceis por que passamos e mais duros que iremos passar (é o que se prenuncia), anunciam itens que poderão não ter eficácia, segundo entendidos. Os parcelamentos que poderão ser utilizados pelos devedores dos variados escalões irão privilegiar quem esteja “em dia”. Obviamente que todos passam por situação cruel da economia. Poucos poderão parcelar seus débitos após o período em que haverá paralisação das atividades comerciais e industriais e restrições para o trabalho com mais sensíveis medidas para os idosos. Será a “corrente da infelicidade”.
Cartório
Quem estiver devedor dos tributos dos mais variados setores arrecadatórios, depois de um prazo terão seus nomes ou de suas empresas enviados a Cartórios com a sequente inscrição no Cadim, Cadastro de Inadimplentes. Tudo gera restrição de crédito e de utilização das medidas acautelatórias do coronavírus. O presidente da Câmara Municipal, Lincoln Fernandes (PDT), elaborou projeto de lei visando cobrar os tributos, taxas etc. somente noventa dias ao depois das restrições da chamada quarentena. No entanto, ainda não se falou em não se enviar e retirar os nomes do SPC, cartórios e do Cadim. Quem já estava em dificuldades ficará em piores condições. Há que se pensar nestes quesitos.
Mais caro o olho do que o peixe
Os empresários e os sem condições de compras, pois estão com os nomes “sujos” nos setores creditícios com bancos, comércio e industria e financeiras, garantem que pretendendo “limpar o nome” e, pagando através de renegociações das dívidas, ainda ficam com problemas. Os custos cartorários são altos, ficando às vezes “mais caro o molho que o peixe”. Alguns políticos e mesmo contabilistas garantem que estão sendo estudadas medidas para abrandar as consequências desta situação exposta.