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Assalto a banco em São Paulo – Ladrão preso em Franca
Há muitos anos houve um grande assalto ao banco Moreira Sales, na Capital. O planejamento e a execução do plano eram considerados impecáveis para a Polícia. No entanto como se diz no jargão policial: “Não existe crime não solucionado, mas crime mal investigado”. Os bandidos levaram milhões de cru­zeiros (esta era a moeda na época). Os policiais reviraram São Paulo, capital e interior, procurando encontrar os bandidos. Era uma questão de honra para a Secretaria da Segurança Pu­blica. Nada. Não se conseguia avançar um palmo na solução do crime.

Sem computadores, mas com boa vontade
O setor de papiloscopia da Polícia começou a buscar impress­são digital, uma a uma, através de uma antiga funcionária que teve paciência e dedicação. Ficou dias, durante o expediente e em sua casa à noite buscando as impressões colhidas dentro e fora do banco. Um guarda civil estava nas proximidades do estabelecimento bancário e se lembrou de um carrinho Volks que ficou abandonado por muito tempo em uma rua perto de onde ele orientava o Trânsito. Foi até ao pátio do órgão res­ponsável pela recolhimento de veículos abandonados e en­controu o “fusquinha” que era alugado.

Todo mundo a procura de alguns nomes
Todo mundo da Polícia saiu a procura de alguns nomes, um deles era português e o outro era grego. Conseguiram pegar o português que havia escondido o dinheiro em barricas de bacalhau. O grego ninguém sabia onde deveria estar. Os in­vestigadores e policiais vasculhavam todas as “ bibocas” para encontrar o estrangeiro ladrão.

Investigador simples de Franca prende o bandido
Um investigador simples, bonachão, lotado na Delegacia de Franca resolveu investigar. Saiu a campo nos sítios e fazen­das da região para saber se algum estranho havia chegado por ali nos últimos tempos. Andou mais que “ égua de padeiro” e obteve uma informação segundo a qual havia chegado um homem estranho que falava enrolado e que não queria contato com nenhum vizinho. Paulino ficou de espreita e o aguardou na casa alugada em um sítio. Quando o cidadão estranho para o caipira voltava com compras feitas em uma cidade próxima de Franca ele lhe deu voz de prisão. Ele o algemou e o levou para a Delegacia de Polícia.

Prisão e envio para São Paulo
Mário Paulino nos chamou para dar o “furo” nacional, pois todos falavam da prisão do ladrão. O “Grande Jornal Falado Tupy”, que era o Jornal Nacional da época fazia o estardalha­ço. Fomos até ao Garyfalos Nicholas Krassas e ele, sentado calmamente olhando para o policial que o prendeu dizia “en­rolado”: ”fugi de São Paulo para não ser preso pelos grandes investigadores e policiais e venho ser preso por um “caipira” em Franca. Ele nunca havia pensado em ser preso por um bo­nachão, bigodudo e de hábitos simples que colocou na prática alguns ensinamentos no curso que frequentou da Polícia Pau­lista. “Va à campo”. Depois os “grandes“ da Policia da Capital vieram buscar o grego e passaram as láureas para equipes fa­mosas como sendo elas as que haviam ‘feito o serviço!’. Não fora a senhora do setor de papiloscopia, o Guarda Civil arguto e o investigador bonachão, o grande assalto ao banco da Ca­pital não teria sido esclarecido. Por último: mesmo com cheiro de bacalhau, as cédulas de cruzeiros foram recolhidas para a Delegacia Central, mesmo com os reclamos daqueles que não gostavam muito do cheiro.

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