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Governo patrocinou fim de várzeas e nascentes
Em um passado não muito recente, os governos estadual e federal resolveram incentivar o agronegócio e foi elaborado um Plano de Incentivo Pró-Várzea. Os órgãos do Estado e da União financiavam a ação de agricultores para acabar com as várzeas e, por conseguinte, acabaram com nascentes e cór­regos dos campos que mantinham os riachos e rios maiores. Empréstimos foram concedidos para a compra de máquinas que riscaram as várzeas, extinguindo a vegetação nativa com financiamento governamental. Foi um arraso. Secaram muitas nascentes, acabaram com a mata natural à margem de rios e também foram fundamentais em destruir o ecossistema e o meio ambiente. Muitas culturas nasceram no lugar das várzeas, mas o estrago repercute até hoje em nossa região, onde mais se financiou tal estrago ambiental.

Tentativa de reestrutura matas e rios
Hoje se nota a preocupação de muitas entidades em apagar o passado e reestruturar o que se fez contra a natureza. Os próprios agricultores estão com ações significativas para que tenhamos de volta pelo menos as matas, já que nascentes e riachos dificilmente voltarão a fazer parte do ciclo da vida das várzeas. A natureza não perdoa. Pouco ou nada se ouve falar sobre este crime ambiental. Lamentavelmente.

Falta verde
Os técnicos que vieram observar os efeitos e defeitos da cida­de que contribuíram para o estrago causado pelo tornado, em 1994, garantiram que a falta de matas às margens do Rio Par­do e em outros locais de degradação foi a causa da violência do encontro de uma frente fria com a frente quente, nas pro­ximidades do trevo da Anhanguera com a Candido Portinari. De helicóptero eles mapearam o risco do vento de velocidade seguindo pelas margens do ribeirão preto até as proximida­des da Câmara Municipal, exatamente na rua Felipe Camarão, onde faleceu uma senhora com a queda de sua residência. Fizeram relatório segundo o qual se nós não tomarmos provi­dência para ampliarmos a área verde de Ribeirão Preto, ficare­mos a mercê de tais intempéries com consequências graves.

Cinturão verde
Segundo os técnicos que vieram analisar a situação, a ausên­cia de um cinturão verde, que pode se transformar em defesa para as cidades, motiva os problemas maiores provocados pe­las intempéries. A pergunta que se faz: fizeram alguma coisa?

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