Tribuna Ribeirão
Geral

Larga Brasa

No mínimo estranho
Em uma entrevista ao vivo com o superintendente da Transerp, Antônio Carlos de Oliveira Júnior, pela multiplataforma da Tha­thi, muitos ouvintes e telespectadores questionaram o respon­sável pela empresa sobre a retirada de ônibus de muitas linhas dos bairros mais distantes, principalmente. Citaram um caso em que os usuários teriam sido convidados a se retirarem de um coletivo pois não iria completar a linha. Chamaram a polícia, segundo a denúncia. Júnior, com olhar assustado, disse que iria consultar o GPS que acompanha veículo por linha para se infor­mar. No dia seguinte ele afirmou que a Transerp havia decidido retirar os ônibus de linhas, pois estas seriam deficitárias. Não sabemos o que reza os contratos, mas é perigosa uma ação unilateral deste tipo. Pode ensejar interpretações diferentes.

Não é de hoje
Os usuários das linhas mais distantes, de bairros mais afas­tados, garantem que o fato não ocorreu somente nesta época. Nos horários noturnos e aos sábados, domingos e feriados o “fenômeno” acontece sempre. Dizem que quando o bairro é mais perigoso, muitos motoristas deixavam passageiros na entrada das ruas e voltavam para o trajeto original. O pessoal seguia a pé. Há como constatar pelo GPS, se os setores encar­regados da fiscalização assim o desejarem.

CPI dos Bancos
A nossa CPI sobre as dívidas dos bancos ainda não tocou na ques­tão do ISS do leasing. As dívidas dos estabelecimentos bancários e financeiras para com o município, as quais deixaram de pagar há algum tempo, foi objeto de estudos e os vereadores possuem documentação. No entanto, sobre os valores mais elevados, que se concentram no ISS do leasing, não se falou ainda.

Nem tchum
No “Refis” municipal para quitação de dividas com a Secretaria da Fazenda e arrecadação de tributos, principalmente o ISS, os bancos enviaram representantes para “assuntar” e não voltaram mais. A Secretaria da Fazenda tem cobrado, dentro dos limites legais. Há que se fazer um movimento para que os municípios co­brem tais tributos. Somente em São Paulo, capital, a dívida chega a mais de R$ 4 bilhões, somente no item cartão de crédito e débi­to. Um cálculo feito no final do ano de 2018 diz que deveríamos receber de bancos e financeiras, também no tocante a cartões de crédito, mais de R$ 48 milhões, fora o ISS do leasing dos bens comercializados que em cinco anos deveria ser pago ao erário municipal, mais de R$ 5 bilhões.

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