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Moradores de rua
A questão dos moradores de rua vem sendo discutida exausti­vamente já há algum tempo, mas o número de pessoas nesta situação tem aumentado significativamente nos mais diversos quadrantes de Ribeirão Preto. Na área central, no calçadão e adjacências, nos desvãos da praça há uma quantidade muito grande de pessoas dignas de uma ação social e da Secretaria da Saúde. O mesmo acontece nas proximidades do Terminal Rodoviário, da praça Francisco Schimidt e antigos armazéns da Ceagesp, onde ocorreram as comemorações do primeiro centenário da cidade, na avenida dos Bandeirantes. Há muitos outros locais com milhares de jovens que estão à mercê dos riscos da vivência das ruas, sendo assassinados, agredidos e com recíproca da ação delituosa por conta geralmente do vício que impulsiona o tráfico nesta regiões.

Ação conjunta
Apesar da ação tênue na Praça Schimidt, com a presença constante da Guarda Civil Metropolitana, que montou um QG naquele logradouro, pouco ou nada se conseguiu. Em volta do Pronto Socorro Central a concentração de andarilhos é mais visível. É o local onde os traficantes procuram para a cobrança de dívidas de crack, principalmente, e de ações criminosas e violentas contra os devedores. Dívida de droga se paga com a vida, infelizmente. Devemos ter uma ação conjunta das se­cretarias municipais, estaduais e até federais para que essas vítimas do vício sejam levadas para locais próprios para serem tratadas.

Legislação
Hoje já há legislação que oferece aos setores públicos aten­dimento, a despeito da vontade ou não do paciente. Verbas também existem e não nos consta que estejam sendo usadas em instituições locais. O assunto merece debates, estudos e ação. De nada valem as pesquisas se não tivermos a vontade real e efetiva de abrigarmos quem se encontra nesta situação. Medidas paliativas somente incrementam a violência da qual eles são vítimas constantes. Nunca se viu número tão grande de “moradores de rua” sendo assassinados das formas mais cruéis em Ribeirão Preto e região. Acorda, Ribeirão.

Palavras-palavras
Todos nós estamos cheios de promessas. Diz um velho filóso­fo: “Houve um tempo em que acreditei em palavras”. Ação é a palavra concreta que se necessita com urgência.

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