Explorados por traficantes
Uma equipe multiprofissional que analisa os problemas dos moradores de rua, particularmente nas proximidades dos galpões da avenida dos Bandeirantes, da Estação Rodoviária e da praça Francisco Schmidt, garante que muitos dos que perambulam pelas vias públicas querem deixar os locais, mas seriam impedidos por conta de dívidas com o tráfico e ameaças. Nem mesmo as suas famílias são bem-vindas para o contato mais freqüente, pois os exploradores temem perder o “mercado” ou que os usuários deem com a “língua nos dentes.”
Lamentável
Dentre tantos acontecimentos chocantes que a reportagem teve conhecimento, um deles, mais recente, demonstra a frieza com que o ser humano é tratado pelos “vampiros dos mortos vivos”. Uma jovem que já foi aeromoça, que fala quatro línguas e viajava pelo mundo todo, se envolveu com as drogas. A queda foi vertical e lamentável. Começou a viver nas ruas com todas as vivências do mundo cão.
Frangalhos
Nas últimas semanas ela estava em frangalhos, alma e corpo, quando, numa quente madrugada, passou um carro perto de seu local de abrigo e lhe desferiu um tiro em cada joelho, deixando-a em estado grave. O assunto não é só de polícia, nem só de saúde, é social e a Secretaria de Assistência Social promete tomar todas as medidas para amparar aos que pretenderem deixar a vida louca das vias públicas. Que os anjos digam amém. Não são bandidos, são humanos que merecem uma segunda chance.