Perdeu a vida para não se separar das joias
Há muito tempo, quando Ribeirão Preto possuía varias linhas aéreas para São Paulo e cidades importantes de Minas Gerais, passavam por aqui aeronaves da Real Aerovias, Vasp – aquela que seria Transbrasil depois e que trazia carne de porco e embutidos de Santa Catarina. Certa feita, em um dos voos, a aeronave teve problemas e caiu no Leite Lopes. O avião pegou fogo. A tripulação conseguiu, com agilidade e rapidez, retirar os passageiros dentro dos padrões de salvamento da época. Todos se salvaram, mas uma senhora estava impaciente e queria retornar para o avião que ardia em chamas.
Trabalho de convencimento
Passageiros salvos, tripulação e até o pessoal do Corpo de Bombeiros que tentava apagar as chamas tentaram convencer a rica senhora para não entrar no que restava do aparelho. Ela relutava e gritava que havia uma recordação importante. Foi feito um cordão de isolamento de pessoas em volta dela na tentativa de que não realizasse o tresloucado gesto.
Burlou a vigilância
Em dado momento, quando todos se preocupavam em impedir a explosão do avião do tipo DC 3, ela avançou para dentro das chamas e, sob a poltrona em que se encontrava, abraçou uma bolsa. Neste exato momento, explodiu um dos tanques da asa do lado em que ela se encontrava. Ela foi envolta pelo fogo e morreu abraçada com sua bolsa.
Joias caríssimas
Os bombeiros tentaram ainda salvá-la, colocando em risco suas próprias vidas. Baldados foram os esforços e ela morreu com o “troféu” que abraçava como se fosse o mais importante de sua vida. Logo depois, dentro do restou da bolsa, foram encontradas joias caríssimas e raríssimas da rica senhora que trocou a vida pela riqueza que possuía. Pouco se salvou das referidas joias, pois estavam retorcidas. Comentários circularam pela cidade, que estava em franco desenvolvimento. Teria valido a pena trocar uma vida que parecia ser saudável pela bolsa, seu tesouro? Foi um questionamento que muitos religiosos fizeram e tomaram o fato como lição.