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Escada Magirus
Há muito tempo, quando ainda não tínhamos muitos edifícios altos, a prefeitura comprou uma escada Magirus da Alemanha. O comandante do Corpo de Bombeiros, Casilo, foi buscá-la e a recepção foi um sucesso. Era um equipamento moderno e que poderia atender a qualquer emergência principalmente incêndios nos edifícios dentro do seu raio de ação. A cidade cresceu e o número de “espigões” se multiplicou. Havia um zoneamento que restringia os edifícios altos com as diretri­zes sendo oferecidas somente onde a infraestrutura estivesse condizente com as necessidades. Havia que se avaliar se a rede de água poderia atender a demanda, se as vias poderiam suportar o trafego de veículos gerado pelo empreendimento. Também se exigia que escolas estivessem próximas.

Multiplicação dos espigões
De uma hora para outra, com o advento das construtoras da capital os responsáveis pela Secretaria de Planejamento auto­rizaram sem muitos estudos as construções dos prédios altos. Causaram estragos na zona urbana que há muito a se fazer para tentar corrigir. Basta que verifiquemos o que aconteceu na rua Niterói, onde puxaram a água do Castelo Branco e congestiona­ram as vias impedindo o fluir do tráfego em toda a área.

Incêndios
A escada Magirus ficou ultrapassada. Não atende a mais que seis andares. A grande maioria dos edifícios possui mais de 25 andares. Não existem salvaguardas para seus moradores. Fal­tam escadas de emergência, heliportos e etc. As empreiteiras que ganharam o dinheiro com os empreendimentos não deram sua contribuição para atendimento dos seus clientes. Há algum tempo houve um incêndio no décimo quinto andar de um edifí­cio na João Fiusa defronte a Sede do Corpo de Bombeiros. Um oficial precisou subir quinze andares para salvar uma senhora idosa e com excesso de peso quando estava sem condições de salvamento. A pergunta que se faz: como autorizar tantos edi­fícios com mais de 25 andares se nossa escada Magirus não atende mais que seis andares. Se tanto esperamos que nada de mais grave ocorra, mas também aguardamos que nossas autoridades cobrem dos empreendedores o que lhes cabe para salvaguarda daqueles que elas colocaram nas alturas.

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