Altino Arantes, a rodovia da morte
Nos últimos sete dias, a rodovia Altino Arantes, trecho entre a divisa de Minas Gerais e Batatais, foi palco de sete acidentes. Dos sinistros tivemos como triste resultado as mortes de doze pessoas. No último final de semana, tivemos as mortes dos irmãos Fábio e Guilherme que estavam desenvolvendo um trabalho como dupla sertaneja da cidade de Passos, embora estivessem residindo em Ribeirão Preto. Fora estes acidentes dos últimos sete dias, temos tido com constância tristes acontecimentos da órbita rodoviária, principalmente com o tráfego de caminhões pesados de cana, como “treminhões” e do tipo “Romeu e Julieta”. O Governo do Estado nada ou pouco faz nas rodovias que não são pedagiadas ou concessionadas. Temos passagens em nível que são verdadeiras armadilhas para quem ousa transitar por aquela importante via de ligação entre São Paulo e Minas.
Lado mineiro
A rodovia da divisa de Minas e São Paulo tinha piores condições do lado de Minas Gerais. Os mineiros resolveram a situação, reestruturando aquela via que tem o nome de Altino Arantes. São Paulo, que sempre foi pioneiro nas inovações daquela rodovia, ficou para trás.
Polícia rodoviária
Por mais que os Policiais Rodoviários façam, pouco ou nada conseguem evitar, principalmente nos acidentes das madrugadas quando os pesados caminhões saem dos canaviais com suas lanternas e faróis sujos de terra impedindo a visualização. Aquela rodovia foi elaborada para caminhões grandes, mas não tão extensos quanto aos canavieiros. O motorista que tentar ultrapassar a uma jamanta carregando cana não possui potência para conseguir seu intento e pode ficar no meio da faixa dupla quando de uma colisão frontal com o veiculo em sentido contrário.
Urgente a mobilização
É urgente que os municípios se mobilizem para que as chamadas autoridades da Artesp e do Governo do Estado façam alguma coisa. Que não venha com soluções “meia boca” como cobrança de pedágio ou radares em maior quantidade. Desta forma só se defende o cofre do Estado na sua faina arrecadadora. Os senhores prefeitos precisam se mobilizar e cobrar das Secretarias afins e da Artesp uma ação imediata. Há um grupo que está se articulando para colocar a cada quilometro uma cruz com a identidade dos mortos e dos feridos em situação critica, como tetraplégicos. É importante que as ditas autoridades sejam responsabilizadas pela situação. Acorda Estado de São Paulo. É urgente, precisamos impedir mais mortes na rodovia Altino Arantes. Ainda que tarde.