Tribuna Ribeirão
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Larga Brasa

Se você não pode com o mal…
Em um setor da administração municipal havia um empre­gado muito competente, mas que os colegas não queriam a sua companhia e pediam a sua saída do setor. Ele tinha vários truques para atender a alguns que necessitavam dos serviços daquele órgão da administração indireta. O superintende do órgão diariamente recebia informes segundo os quais as che­fias pediam para que ele fosse transferido de suas funções para outro setor, embora fosse funcionário efetivo e concur­sado. Difícil era a sua demissão sem que houvesse uma sin­dicância rigorosa, como todas devem ser na administração pública. Toda vez em que havia necessidade de um “quebra galho” lá estava o cidadão envolvido.

Emergências
O setor era o de telefonia e as ligações de telefones eram mui­to difíceis, dependiam de pares de fios e “caixinhas” para suas conexões. Em determinada ocasião uma autoridade que se mudava para Ribeirão Preto e a sua localização era primordial para salvar vidas. A empresa tinha necessidade de ligar um telefone residencial, fixo. Não havia como proceder a ligação da casa do médico com a central mais próxima. Não havia par, como se dizia na época. Não tinha a disponibilização de cabos necessários e muito menos não se podia lançar o “fio bridão” para suprir a necessidade emergencial. Depois de todo o setor técnico proceder a estudos e não conseguir resolver o proble­ma passaram para o Superintendente decifrar o enigma.

Convoque-se o tal funcionário mandrake
O então superintendente mandou convocar o tal funcionário “Mandrake”, que sabia de todas as formas de driblar os pro­blemas para uma conversa. A empresa toda ficou em polvo­rosa. Os que pediam sua cabeça afirmavam que daquele dia ele não passaria- seria demitido. O funcionário chegou com os sapatos furados, calças esgarçadas e todo desgrenhado. Entrou na sala do chefe e desabou em choro. “Doutor, veja os meus trajes, saiba das minhas dificuldades para manter meus filhos na escola , eles não possuem livros e nem uniformes e eu “ me viro” fazendo uns favores e tentando me manter e a eles. O superintendente chamou sua secretaria e pediu que ela anotasse tudo que ele precisava. Era uma grande lista. O chefe fez uma cotação com produtos dentro de padrão possí­vel e mandou que tudo fosse comprado, inclusive o “botinão” de carregar pela boca” como era conhecida a botina da roça.O cidadão não sabia como agradecer e perguntou: “ A troco de que o senhor esta me fazendo esta bondade”. O superior res­pondeu : “É que eu o estou promovendo a meu assistente e quero vê-lo feliz e bem vestido”. E complementou: “A partir de hoje o senhor estará junto às secretarias e atenderá às minhas ordens diretas”. E naquele dia resolveu o problema do médico para salvar vidas.

Mudança de hábito
A partir daquela conversa, quando o setor técnico não sabia como resolver um problema da população e havia necessida­de emergencial de fazê-lo ele era chamado e o “pepino” lhe era passado. Sempre resolveu as questões com rapidez e honesti­dade. E assim continuou até se aposentar. Os que acreditavam que ele seria demitido passaram a elogiá-lo e a ajudá-lo em seus trabalhos emergenciais. A vida ensina.

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