História sem fim…
Nos tempos em que o DAERP era DAET, Departamento de Água Esgoto e Telefonia, houve a intenção de uma empresa americana de trocar o sistema de telefonia do “Pentaconta” com o da Ericsson, o “Crossbar”, muito eficiente, com poucos defeitos etc. O segundo era da Bélgica e já estava funcionando onde hoje está o prédio do município na esquina da Álvarez Cabral com a Américo Brasiliense, também onde se localizou a Coderp. Houve pressão de todos os lados para que o produto americano com suas centrais PC 1000 fosse implantado. Dizia-se que era o novo, o moderno. Polêmica total nas emissoras, jornais e mesmo na famosa “Esquina da Única” onde os formadores de opiniões se reunião pelas manhãs para fazer negócios e para ‘trocar figurinhas’ sobre a vida secreta da cidade.
Debates
Os debates foram acirrados, havendo na Câmara uma divisão, quase empate. Não havia número para a aceitação do negócio. Um condutor das negociações, afora o chamado “Homem da Capa Preta” que sempre esteve por trás dos acertos, se dispôs a mostrar um equipamento que estava funcionando em Londrina e em Curitiba. Foi uma comissão grande composta dos edis, mesa diretora da Câmara e mesmo membros da administração. Importante dizer que naquela época obter um telefone era ganhar na loteria. E todos foram felizes para a empreitada, alguns visando constatar a participação nos lucros, do município. Bem entendido.
Labirinto
Foi feito um tour-labirinto para despistar os vereadores do contra e quando todos se reencontraram o negócio estava feito. Os votos necessários haviam sido cooptados. Todos se perguntavam a respeito de quem teria feito o acerto e descobriram que o que conduzia o grupo despistou e fez a negociação, por debaixo do pano. Foi uma reclamação geral. Alguns por não participarem de acordos e negociações e outros por terem ficado de fora.
Votação
Na votação da transformação dos equipamentos houve a maioria dos que aprovaram os equipamentos “Pentaconta” americanos, as estações PC 1000. E assim se fez…
Muitos anos depois
Muitos anos depois, o chamado “Homem da Capa Preta” veio a Ribeirão e, talvez, tomado de arrependimento tardio concedeu uma reportagem a este repórter onde nominou um a um, quanto e como foi feito o aporte de apoio eleitoral (sic). Tudo ficou gravado e deverá ser objeto de um livro capa preta que escreveremos no futuro, quem viver irá ler e vera. Não é Érica.